1ª Fase – Guerra de Movimento (Principais Características)


A Alemanha tinha, na altura, urna superioridade militar terrestre (metralhadoras, artilharia pesada e tropas bem treinadas). A Inglaterra era superior em força naval, garantindo a Entente o domínio dos mares.

No início da guerra vivia-se, nalguns países europeus, um clima de euforia. As pessoas acreditavam que a guerra seria breve e a mobilização fez-se em ambiente de festa. No entanto, ela duraria cerca de quatro anos e teria custos pesadíssimos, quer em destruição material, quer, especialmente, em vidas humanas.

Numa primeira fase, a guerra foi essencialmente um conflito terrestre, tendo-se desenrolado em duas grandes frentes: a frente ocidental, que se estendia do mar do Norte ate a fronteira suíça, e a frente oriental, na Rússia.

Esta primeira fase, a qual se deu o nome de guerra de movimento, decorreu durante o ano de 1914, envolvendo os dois blocos compostos pelas principais potências europeias, a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. O principal cenário desta fase desenrolou-se no Nordeste da Franca. Segundo o Piano Schlieffen — concebido pela Alemanha, em 1905, para fazer frente a aliança franco-russa — a guerra seria curta e ofensiva para, num período de 4 a 6 semanas, conseguir derrotar os Franceses na frente ocidental e, de imediato, os Russos na frente oriental. Isso permitiria a Alemanha sucessivas vitorias. Assim, as tropas alemãs invadiram a Bélgica, país neutro, e entraram rapidamente e de surpresa em Franca, derrotando o exército francês. Mas, de Agosto a Novembro, nas batalhas do Marne (a primeira, de 5 a 12 de Setembro) e de Ypres (10 de Outubro a 10 de Novembro), não houve avanços significativos.
Na realidade, nenhum dos pianos previamente traçados foi cumprido: a Alemanha não conseguiu conquistar Paris e obter a capitulação da Franca; esta não chegou a reconquistar a Alsácia e a Lorena, o seu mais importante objectivo; e a Rússia foi obrigada a recuar após alguns ganhos em solo alemão.

No final de 1914, depois de duros combates entre os exércitos aliados e alemães, estes, pelo facto de estarem mais bem preparados e equipados, revelavam alguma superioridade e começaram a abrir uma rede de trincheiras defendidas por linhas protegidas por arame farpado.

Entretanto, nos mares, as armadas da Inglaterra e da Alemanha envolviam-se em violentos combates, ganhando vantagem os Ingleses. Com a entrada do Império Otomano na guerra, surgiram novos confrontos no mar Negro e no canal de Suez.

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