O ciclo do Marketing na história

Década de 1950

Os primeiros passos para a difusão do marketing

foram dados por Peter Ducker, ainda que implicitamente, em 1954, com o lançamento do livro “A

Prática da Administração”. Não se tratava propriamente de um estudo detalhado sobre Marketing,

mas foi o primeiro registro escrito que cita esta

ferramenta como uma força poderosa a ser considerada por administradores focados no mercado.

 Década de 1960

A primeira grande mudança neste cenário veio em 1960 por Theodore Levitt, mais tarde intitulado o pai do marketing, professor da Harvard Business

School. Seu artigo na revista Harvard Business Review entitulado “Miopia

de Marketing”, revelou uma série de erros de percepções, mostrou a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos

negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida. Não

é à toa que assistiu-se logo após este período um renascimento das marcas

como Coca-Cola, Sears, Malboro entre outras muitas.

O mundo do marketing começou a borbulhar, artigos científicos foram escritos, pesquisas feitas e dados estatisticamente relevantes traçados. Separou-

-se as estratégias eficientes dos achismos e viu-se a necessidade de um estudo sério do mercado. Este conhecimento adquirido ficou espalhado, difuso,

muitas vezes restrito ao mundo acadêmico. Em 1967, Philip Kotler, lança a

primeira edição de seu livro “Administração de Marketing”, onde pôs-se a

reunir, revisar, testar e consolidar as bases daquilo que até hoje formam o

cânone do marketing.

Década de 1970

Nos anos 70 destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias

de marketing em todas as grandes empresas. Não se tratava mais de uma

boa ideia, mas de uma necessidade de sobrevivência. É nesta época que se

multiplicam os supermercados, shoppings centers e franchises. De fato, a

contribuição do marketing é tão notória no meio empresarial, que passa

rapidamente a ser adotada em outros setores da atividade humana. O governo, organizações civis, entidades religiosas e partidos políticos passaram

a valer-se das estratégias de marketing adaptando-as as suas realidades e

necessidades.

Década de 1980

Em 1982, o livro “Em Busca da Excelência”, de Tom Peters e Bob Waterman

inaugurou a era dos gurus de marketing. Num golpe de sorte editorial, produziram o livro de marketing mais vendido de todos os tempos, ao focarem

completamente sua atenção para o cliente. O fenômeno dos gurus levou o

marketing às massas e, portanto, às pequenas e médias empresas e a todo o

tipo de profissional. Talvez por isso, e também por uma necessidade mercadológica o marketing passou a ser uma preocupação direta da alta direção

de todas as megacorporações, não estando mais restrita a uma diretoria ou

departamento.

O fenômeno dos gurus, entretanto, é responsável pelo posterior descuido

com o rigor da investigação científica e uma tendência a modismos. Nesta

época floresceram diversos autores que logo caíram no anonimato e outros

como Al Ries por definir o conceito de posicionamento, Jay Conrad Levinson

por conceituar o marketing de guerrilha e Masaaki Imai pai do Kaizen que

ganharam reconhecimento no mundo dos negócios e reputação por suas

ideias e abordagens originais.

Década de 1990

Assim como fez em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos anos

90 teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística, distribuição e formas de pagamento. O

CRM (Customer Relationship Management) e os serviços de atendimento

ao consumidor, entre outras inovações, tornaram possível uma gestão de

relacionamento com os clientes em larga escala. E como se isso não fosse o

suficiente a Internet chegou como uma nova via de comunicação. É a época

do maximarketing de Stan Rapp, do marketing ‘1 to 1’, da Peppers & Rogers

Group, do aftermarketing de Terry G. Vavra e do marketing direto de Bob

Stone ou seja, caracterizou-se por uma constante busca pela personalização

em massa.

Outra tendência do período foi o fortalecimento do conceito de marketing

societal no qual tornou-se uma exigência de mercado haver uma preocupação com o bem-estar da sociedade. A satisfação do consumidor e a opinião

pública passou a estar diretamente ligada a participação das organizações

em causas sociais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva.

Década de 2000

A virada do milênio assistiu a segmentação da televisão a cabo, a popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de comunicação

especialmente via Internet. A World Wide Web (internet) já estava madura

o suficiente e nos primeiros anos desta década surgiram uma infinidade de

pesquisas e publicações sobre web marketing e comércio eletrônico. Mas

mais do que isso, agora o cliente não tinha apenas poder de barganha, tinha

também poder de informação. Era de se esperar que isso influenciasse a maneira com a qual os consumidores interagiam com as empresas e entre si. A

mídia espontânea, conseguida por esforços de Assessoria de imprensa, Relações Públicas e Marketing Social começam a tomar o espaço da propaganda

tradicional. O nascimento do marketing de permissão, de Seth Godin, a conceitualização do marketing boca-a-boca por George Silverman e a explosão

do buzzmarketing e do marketing viral por autores como Russell Goldsmith

e Mark Hughes também são consequências deste fato.

Década de 2010

Com o crescimento econômico aliados aos avanços tecnológicos, como biotecnologia, robótica, bem como excesso de capacidade de produção de carros, eletrodomésticos, eletrônicos também nos deparamos com milhares de

pessoas pobres no mundo que adorariam comprar carros, bicicletas, computadores, mas não tem dinheiro. Neste contexto entra em ação o Marketing

Social, que como ação, por exemplo, doa camisinhas reduzindo o tamanho

das famílias e prevenindo a proliferação do vírus HIV. O fortalecimento das

empresas virais, elas surgiram nos últimos 15 anos, mas crescem vertiginosamente a cada dia, de forma exponencial, como por exemplo, de plataformas virais temos o Skype, que proporciona ligações gratuitas de longa distância.

Seus usuários tornaram-se agentes de marketing de forma gratuita, o mesmo ocorre com o Facebook e o e-bay.

Linha do Tempo

Em 1908, Henry Ford lança o modelo T, a 850 dólares, enquanto a concorrência só produz sob encomenda. O Ford T ampliou a indústria automobilística e criou um oceano azul para a Ford. Depois dele, a carruagem foi

definitivamente aposentada como meio de transporte.

Em 1924, Pierre Du pont, principal executivo da GM, quebra a hegemonia da Ford ao lançar uma linha de carros com cores e estilos variados. Nos anos 30 seguintes, a fatia de mercado da GM sobe de 20% para 50%. A Ford viu sua fatia despencar de 50% para 20%. Em 1952, no Brasil, o polonês Samuel Klein cria seu oceano azul ao fundar a Casas Bahia. Especializada em eletrodomésticos, ele lucra com os juros das vendas parceladas, tornando acessível a compra pelas classes mais populares, que não podem pagar a vista.

Em 1960, Tom Watson, o número 1 da IBM, revoluciona o comércio de computadores, vendendo separadamente hardware, software e serviços. A estratégia deu origem ao multibilionário setor de software e serviços, do qual a IBM é líder até hoje.

Em 1970, os japoneses decidem apostar em carros pequenos e eficientes, desafiando a lógica americana do “quanto maior, melhor”. Quando estourou a crise do petróleo, na década de 70, o consumidor americano se rendeu aos automóveis da Honda, Toyota e Nissan. Em 2000, Constantino de Oliveira Jr., filho de empresário de transporte urbano, cria a Gol com modelo de negócio similar ao da americana Southwesterm: tarifa reduzida e baixo custo. Ao desvendar um oceano azul, a Gol ignorou rivais como Varig e Vasp.

Em 2005, Maurício Botelho, CEO da Embraer, já navegava num oceano azul ao antecipar a demanda por jatos médios. Ele fez uma aposta ainda mais promissora: os minijatos. Eles são mais baratos, levam de quatro a seis passageiros e dispensam copiloto.

Resumo 

Vimos a evolução do marketing entre as décadas de 1960 até os dias atuais, desde a difusão feita por Peter Drucker, com o lançamento do Livro “A Prática da Administração”, seguida pela o obras “Miopia de Marketing” escrita por Theodore Levitt, por Philip Kotler que em 1967 lançou o Livro “Administração de Marketing”. Já algumas décadas a frente, Tom Peters e Bob Waterman lançaram o livro “Em busca da Excelência” e uma das grandes evoluções: o CRM que se preocupava com o relacionamento com seus clientes e os avanços tecnológicos que cada dia mais aproximam os clientes das empresas.


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