Diagnóstico Diferencial – Transtorno de Ansiedade Generalizada Conceito

 A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. No entanto, quando esse sentimento persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir nas atividades do dia-a-dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser motivo de preocupação. Esse, na verdade, é o principal sintoma do Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, de acordo com a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV).

 

Causas

O transtorno da ansiedade generalizada é uma doença comum. Tal como acontece com muitas condições de saúde mental, não se sabe ao certo o que causa esse distúrbio.

Acredita-se, porém, que o transtorno da ansiedade generalizada esteja diretamente relacionado a alguns neurotransmissores que ocorrem naturalmente em nosso cérebro, a exemplo da serotonina, dopamina e norepinefrina. Outra crença é a de que um conjunto de fatores possam estar envolvidos nas razões pelas quais um indivíduo possa vir a apresentar a doença, entre eles genética e fatores externos, como o estresse do dia-a-dia e a qualidade de vida da pessoa.

Algumas condições físicas também podem ser associadas à ansiedade. Os exemplos incluem:

Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) Doenças cardíaco Hipotireoidismo e hipertireoidismo Menopausa

 

Fatores de risco

Fatores que podem aumentar o risco do transtorno de ansiedade generalizada incluem:

 

Gênero – Mais do que o dobro do número de casos de transtorno de ansiedade generalizada ocorre em mulheres. Acredita-se que uma combinação de fatores, como mudanças hormonais e maior exposição ao estresse, possam agravar esse quadro.

 

Trauma na infância – As crianças que sofreram abuso ou algum tipo de trauma, ou que até mesmo testemunharam eventos traumáticos, estão em maior risco de desenvolver transtorno de ansiedade generalizada em algum momento da vida.

 

Doenças concomitantes – Ter uma condição crônica de saúde ou doença grave, como o câncer, pode levar à constante preocupação com o futuro, ao tratamento e questões financeiras. Estresse do dia a dia pode desencadear no transtorno também.

 

Personalidade – As pessoas com alguns tipos de personalidade são mais propensas a transtornos de ansiedade do que outras. Além disso, alguns transtornos de personalidade, como o Borderline, também podem estar ligados ao TAG.

 

Genética – O transtorno de ansiedade generalizada também pode estar no sangue. Mais de uma pessoa da mesma família pode apresentar esse distúrbio.

 

Abuso de substâncias – Uso excessivo de drogas ou álcool pode piorar e até levar ao transtorno de ansiedade generalizada. A cafeína e a nicotina, presente no cigarro, também podem aumentar a ansiedade e conduzir o indivíduo à doença.

 

Sintomas

Sintomas de Transtorno de ansiedade generalizada

O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença quase permanente de preocupação ou tensão, mesmo quando há poucos motivos ou quando não existe um motivo algum para isso. As preocupações parecem passar de um problema para outro, como questões familiares, amorosas, relacionadas ao trabalho, à saúde ou de várias outras origens.

Mesmo quando as pessoas com esse transtorno têm consciência de que suas preocupações ou medos são mais fortes do que o necessário, elas ainda têm dificuldade para controlar essas reações.

 

Outros sintomas incluem:

Dificuldade de concentração Fadiga Irritabilidade Problemas para adormecer ou para permanecer dormindo e um sono que raramente é revigorante e satisfatório Inquietação, geralmente ficando assustado com muita facilidade

Além das preocupações e ansiedades, diversos sintomas físicos também podem se manifestar, incluindo tensão muscular (tremedeira, dores de cabeça) e problemas de estômago, como náusea ou diarreia.

Tratamento de Transtorno de ansiedade generalizada

O objetivo do tratamento é ajudar o paciente a agir normalmente na vida cotidiana, limitando suas preocupações. Uma combinação de medicamentos e terapia cognitivo-comportamental (TCC) funciona melhor que uma técnica ou outra isoladamente.

Os medicamentos são uma parte fundamental do tratamento. Depois de começar a tomá-los, não interrompa o tratamento sem conversar com seu médico. Medicamentos que podem ser usados são inibidores de recaptação de serotonina e norepinefrina, alguns antidepressivos e antiepilépticos, entre outras opções.

A terapia cognitivo-comportamental ajuda a compreender os comportamentos e como conseguir controlá-los. Durante a terapia, e também em casa, o paciente aprenderá a:

·         Compreender e aprender a controlar as visões distorcidas das supostas fontes de estresse da vida, como o comportamento de outras pessoas ou eventos importantes

·         Reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico, diminuindo o sentimento de impotência

·         Gerenciar o estresse e relaxar quando os sintomas ocorrerem

·         Evitar pensar que as pequenas preocupações se transformarão em problemas muito graves

·         Evitar cafeína, drogas ilícitas e até mesmo alguns remédios para gripe também pode ajudar a minimizar os sintomas

·         Um estilo de vida saudável que inclua exercícios, descanso suficiente e boa alimentação pode ajudar a diminuir o impacto da ansiedade.

 

Medicamentos para Transtorno de ansiedade generalizada

Os medicamentos mais usados para o tratamento de transtorno de ansiedade generalizada são:

·         Alenthus XR

·         Ansitec

·         Bromazepam

·         Clopam

·         Cymbalta

·         Dual

·         Diazepam

·         Efexor XR

·         Escitalopram

·         Exodus

·         Efexor XRFrontal

·         Lexapro

·         Lyrica

·         Mirtazapina

·         Paroxetina

·         Pondera

·         Rivotril

·         Cloridrato de sertralina.

 

 

 

Bibliografia

1.     Médicos de Portugal. «Diagnóstico Diferencial». Consultado em 23 de agosto de 2009

2.     Dr. Ricardo Massucatto. «Diagnóstico Diferencial para Médicos». Consultado em 21 de agosto de 2009

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