POP Planograma
Quais são os objetivos das Marcas nos diferentes canais? Como funciona a
dinâmica do consumidor-alvo no varejo? Quais são os principais pontos de
impacto dentre os espaços disponíveis para a exposição dos produtos?
Um dos propósitos da montagem de uma estratégia de planograma é organizar e padronizar a exposição, fazendo com que os produtos sejam mais
facilmente encontrados. Ao serem criados padrões, esta facilidade se torna
ainda maior, uma vez que o consumidor procure sua Marca em pontos de
venda com características de canal, atividade e público similares. Antes, porém, de se pensar numa estratégia de planograma, a empresa deve idealmente, ter estabelecido:
1. Classificação e segmentação da sua base de pontos de venda de acordo
com as características dos produtos e seu público-alvo;
2. Identificação do comportamento de compra dos consumidores, bem
como sua dinâmica de compra na loja, de forma a escolher os espaços
mais apropriados para a exposição dos produtos;
3. Entendimento dos objetivos de cada Marca no portfólio, para os diferentes canais de venda;
4. Um plano de comunicação de marcas para os segmentos de varejos definidos;
5. Definição do mix de Marcas apropriado, de acordo com o canal de distribuição e a presença do consumidor-alvo; também conhecido como o
target (alvo).
6. Definição de níveis de estoque apropriados, garantindo a presença constante das Marcas que precisarão estar expostas.
Todos estes esforços são insumos fundamentais para a orientação da estratégia de planograma. Por exemplo: os produtos para os quais é esperado um
selling-out maior em determinado segmento de varejo, deverão ter destaque, sendo facilmente identificados e atraindo imediatamente a atenção
do consumidor. O fluxo de movimentação do consumidor, definido por sua
dinâmica dentro da loja, é outro fator a ser considerado.
Outra importante consideração com relação ao desenvolvimento dos padrões de planograma refere-se ao privilégio às Marcas, estratégicas e lançamentos. Por menor que seja seu volume de selling-out, estas Marcas garantem maior retorno financeiro, bem como podem representar uma estratégia
de longo-prazo para a empresa.
O Plano de Comunicação de Marcas por segmento de varejo também pode
influenciar fortemente a estratégia de planograma. A Marca comunicada no
material de merchandising deve também ser privilegiada na exposição, para
que se construa uma plataforma de comunicação integrada. Quanto maior
a integração das ferramentas de marketing no varejo, mais eficaz será o processo de construção de Marcas na mente do consumidor-alvo.
A orientação sobre o mix e estoque de marcas apropriados por segmento de
varejo, facilita e organiza o trabalho de campo com relação às marcas que
foram escolhidas para fazerem parte do planograma deste segmento. Uma
vez definido o mix e o estoque ideais, fica mais fácil entender o conjunto de
Marcas que poderão estar expostas, bem como evitar a falta das mesmas.
Na prática, alguns guidelines podem orientar a criação de mapas de posicionamento / exposição dos produtos. É comum encontrarmos no Mercado,
regras gerais que nem sempre se aplicam para todas as categorias de produtos:
1. Iniciar a gôndola por Marcas premium e seguir gradativamente para as
Marcas de baixo preço, sempre da esquerda para a direita;
2. Posicionar todas as versões (SKU’s) horizontalmente. O número de frentes por versão da Marca também deve ter por base o faturamento da
mesma;
3. Posicionar Marcas (não SKU’s) verticalmente, de cima para baixo, considerando a estratégia estabelecida para o segmento de cada uma delas;
4. Caso os produtos estejam organizados em display, posicionar no centro
a(s) coluna(s) da Marca comunicada na peça. Caso o local seja uma prateleira, obedecer ao critério do maior para o menor preço, expondo-as
da esquerda para a direita.
Após a criação do planograma, é fundamental que seja realizado um teste
piloto a fim de se monitorar os resultados, considerando algumas variáveis
como selling-out e recall do consumidor com relação à visibilidade das Marcas. O ciclo de desenvolvimento é concluído com as modificações necessárias
para otimizar a performance do plano de exposição e com a implementação
do Planograma nas demais regiões, estabelecendo um processo contínuo de
monitoramento de resultados.
Por fim, cabe destacar a importância do treinamento e capacitação das estruturas de vendas e merchandising com relação à operacionalização da ferramenta, podendo ser realizada através do desenvolvimento de manuais de
merchandising impressos ou via plataformas de web. Lembre-se que estes
recursos serão responsáveis pelo sucesso da implementação da ferramenta
no campo, realizando o selling-in e orientando o varejista sobre a ordem de
exposição dos produtos nos displays.
Coordenar e realizar a manutenção da exposição é fundamental para que
se estabeleça na mente do varejista a devida importância para esta poderosa ferramenta de marketing. A orientação sobre a correta exposição dos
produtos e os benefícios gerados com relação à compra por impulso e ao
aumento do volume de vendas devem fazer parte do arsenal de atividades
de vendedores e promotores nos pontos de venda.
