As lutas anti-coloniais e as independências na África

As lutas anti-coloniais e as independências na África

Os anos 60 em África caracterizaram-se pela aceleração do processo de descolonização do continente africano. A década 60 é considerada como sendo a “Década de África”, pois dezassete países africanos já tinham adquirido as suas independências.No processo de descolonização africana, as últimas etapas envolveram as colónias portuguesas: Guiné-Bissau, Moçambique e Angola.

Estimado estudante, já fizemos referência aos factores que contribuíram para o nacionalismo africano, na segunda unidade temática,onde abordamos as primeiras manifestações nacionalistas. Assim sendo, recomendamos a sicaro estudante para que volte a ler esses factores para melhor compreensão do processo das independências africanas.

 

i.                    África Ocidental e do Norte (Costa do Ouro – Ghana)

A África ocidental: Costa do Ouro (Gana) e o processo da independência

Sabias que Ghana foi o primeiro país africano a alcançar a independência? É sim. Preste atenção ao texto.

A independência das colónias britânicas iniciou-se em 1957 na Costa do Ouro (Gana), num processo pacífico, tal como na Serra Leoa, Tanzania e Malawi. Os primeiros movimentos de resistência africana no Gana, foram iniciados pelos antigos combatentes regressados da India e da Birmânia.

 Este grupo fundou o Partido Unite Gold Coast Covention (UGCC), em 1947, dirigido por J.B.Danquah. Em 1949 Kwame Nkrumah fundou o partido Convention People Party (CPP) que reivindicava a independência imediata e completa do Gana. A 6 de Março de 1957, a Costa de Ouro tornava-se o primeiro país da África subsaariana independente e Nkrumah ascendia ao cargo de presidente.


 

ii.                  Norte de África, África Oriental, África Central britânica e África Austral

Norte de África

Argélia

Para Ghana alcançar a independência, usou a via pacífica, mas para a Argélia foi diferente. Acompanhe atentamente.

Na Argélia os franceses tentaram manter a sua dominação colonial pela violência e ainda tentou desenvolver este país como território ultramarino da França. Os argelinos expulsos dos seus campos foram obrigados a procurar subsistência nas cidades, aceitando qualquer salário. Estes cansados dos abusos praticados pelos franceses desenvolveram o movimento armado que desencadeou a luta pela independência.

O Movimento de Libertação Nacional argelino desenvolveu-se e a luta armada avançou em duas frentes: urbana e rural. General de Gaulle, apercebendo-se que os guerrilheiros da frente de Libertação Nacional (FLN) tornavam impossível a presença dos franceses na Argélia, reconheceu a independência a 3 de Junho de 1962 e Ahmed Ben Bella foi conduzido à presidência em Agosto do mesmo ano


 

iii.                África Oriental (Tanganhica)

De 1884 até 1918, Tanganhica (Tanzania) foi uma colónia alemã, enquanto Zanzibar e Pemba se tornaram dependentes dos britânicos.

 Em resultado da 1ª Guerra Mundial, Tanganhica se tornou também parte do império colonial britânico. A consciência nacionalista nesta região se desenvolveu nos anos 50. Em 1953, Julius Nyerere foi eleito presidente da União Nacional Africana do Tanganhica (TANU) – Tanganhica African National Union.

 

 

Em 1954 transformou esta organização numa organização política nacionalista. Nyerere optou pelo não uso de violência no seu movimento e conquistou o apoio do povo, levando à independência deste país a 8 de Dezembro de 1961. Em 1964, Tanganhica formou a federação com Zanzibar e Pemba.



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