JACARANDÁS DE SAUDADE

 Tempo

de seus passos vindo

pelo tapete de roxas flores

dos jacarandás enfileirados na rua.

Hoje

é eterno o ontem

da silueta de Maria

caminhando no asfalto da memória

em nebuloso pé ante pé do tempo.

Todo o tempo

colar de missangas ao pescoço

sempre o tempo todo

suruma minha suruma da saudade.

Suruma daquela saudade

das flores dos jacarandás

nos passos de Maria.~

(CRAVEIRINHA, José. Maria. Lisboa: Caminho, 1998, p. 20)


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