MONO HIBRIDISMO

Mono – hibridismo

Mendel começou o seu trabalho fazendo experiências de mono-hibridismo, pois cruzou indivíduos de linhas puras que apresentavam uma dada característica contrastante entre si .

 Para melhor entender esta matéria, caro estudanteprecisa de rever os conteúdos tratados no módulo no 3. Nesse módulo estudou a morfologia e estrutura das plantas porque nas experiêncis de Mendel ele usou plantas.

Mendel efectuou a polinização cruzada artificial, isto é, cortou os estames de flores ainda imaturas da planta utilizada como progenitor feminino e polvilhou os seus estigmas como pólen proveniente de anteras das flores da outra planta como progenitor masculino.

 

Exemplo de uma experiência de mono-hibridismo

Nos cruzamentos precisará de usar uma tabela denominada quadro de Punnett. Este nome deve-se a homenagem feita ao cientista Reginaldo Punnett, pelo facto de ter sugerido que a representação do quadro Mendeliano devia ser feito sob a forma de um xadrez, o que tornaria mais fácil encontrar os resultados esperados de um qualquer cruzamento.

Uma maneira mais rápida e eficaz de obter as possiveis combinações entre os genes de organismos heterozigóticos consiste em construir o quadro de Punnett.

Em todos os cruzamentos de duas linhas puras com características contrastantes, Mendel obteve sempre o mesmo resultado, a primeira geração (F1), ou híbridos da 1ª geração era constituída por indivíduos semelhantes entre si que apresentavam apenas a característica de um dos progenitores.

Analisando os resultados, o cientista Mendel chegou a seguinte conclusão:

§  Todos os híbridos da geração F1 são semelhantes uns aos outros em relação ao carácter em estudo, apresentando a característica de um dos progenitores

Princípio da uniformidade dos híbridos da 1ª geração.

O cientista Mendel usou as sementes das plantas obtidas no primeiro cruzamento e fez a autopolinização ou seja os indivíduos da primeira geração filial cruzaram-se entre sie verificou que as plantas originadas deram flores vermelhas e flores brancas, em quantidades diferentes. Estas plantas constituem a F2(segunda geração)

 

Esquematização do cruzamento

Analisando estes resultados, Mendel constatou que:

§  Na 2ª geração surgiram ambas as características em estudo, sendo a proporção entre as plantas com flores vermelhas e as plantas com flores brancas de 3 para 1 (3:1) ou seja 75% de flores vermelhas e 25% de flores brancas, isto é, existiam três plantas de flores vermelhas para cada planta de flores brancas.

Mendel efectuou outras experiências de mono-hibridismo envolvendo diversos tipos de características. Em todos os casos obteve os mesmos resultados.

 

Geração P

Cruzamento parental

Geração F1

Cruzamento entre plantas de F1 (autofecundação)

Geração F2

Relações reais

1.Semente lisa X Semente rugosa

Todas lisas

Lisa X Lisa

Lisas: 5474

Rugosas: 1850

Total: 7324

2,96:1

2.Semente amarela X Semente verde

Todas amarelas

Amarela X Amarela

Amarelas: 6022

Verdes: 2001

Total: 8023

3,01:1

3.Tegumento colorido X Tegumento branco

Todas coloridas

Colorida X Colorida

Coloridas: 705

Brancas: 224

Total: 929

3,15:1

4.Vagem lisa X Vagem rugosa

Todas lisas

Lisa X Lisa

Lisas: 822

Rugosas: 299

Total: 1181

2,95:1

5.Vagem verde X Vagem amarela

Todas verdes

Verde X Verde

Verdes: 428

Amarelas: 152

Total: 580

2,82:1

6.Flor axial X Flor terminal

Todas axiais

Axial X Axial

Axiais: 651

Terminais: 207

Total: 858

3,14:1

7.Caule longo X Caule curto

Todos longos

Longo X Longo

Longos: 787

Curtos: 277

Total: 1064

2,84:1

 

Mendel justificou os resultados obtidos com a seguinte explicação:

§  Cada organismo contém dois factores hereditários para cada característica.

§  Na gametogénese, os factores separam-se e cada gâmeta recebe apenas um dos factores de cada par.

Os indivíduos da geração F2 apresentam diferentes características. Esta diferença é explicada pela disjunção dos factores no momento da formação dos gâmetas. É o princípio da pureza dos gâmetas ou da segregação factorial.

Cada um dos progenitores de linha pura possui, assim, dois factores iguais relativamente ao carácter considerado responsável, na experiência efectuada, pela cor das flores, vermelha ou branca.

Os indivíduos da geração F1(primeira geração) resultam da união de dois gâmetas, cada um deles transportando um factor contrastante, um para a cor vermelha e outro para a cor branca. Possuem, deste modo, dois factores diferentes relativamente ao carácter em estudo.

Como os dois factores se encontram juntos, mas só um deles (neste caso, a cor vermelha) se manifesta, chama-se a este factor o factor dominante.

O factor para a cor branca que não se manifesta na F1, quando o dominante está presente, chama-se factor recessivo. O factor recessivo só se manifesta nos indivíduos de linha pura.

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