Vida e Obra de Anaximandro de Mileto
Anaxímenes de Mileto
Intrudução
Anaximandro de Mileto (610 a.C.- 547 a.C.) foi discípulo
de Tales. Assim como seu mestre, procurou compreender o princípio (arkhé) que
origina toda a realidade. Porém, em suas investigações, não encontrou em nenhum
elemento físico este princípio, mas no que chamou de ÁPEIRON.
Segundo Anaximandro, é a partir da transformação de cada
coisa no seu contrário, isto é, da mudança entre pares de opostos da realidade,
que podemos perceber que elas estão imersas em um turbilhão infinito,
ilimitado, indeterminado, mas que determina e limita todos os seres. A este
turbilhão original denominou ápeiron.
Anaxímenes de Mileto
Anaxímenes de Mileto (Grego: Άναξιμένης; nasceu em 524 a.C, morreu em 588 a.C.) foi um filósofo
pré-socrático do Período Arcaico, activo na segunda metade do século VI a.C..2
3 Foi um dos três filósofos da escola milésia, é identificado como dicispulo de
Anaximandro. Anaxímenes, tal como outros na sua escola de pensamento, praticou
o materialismo monista. Esta tendência para identificar uma específica
realidade composta de um elemento material constitui o âmago das contribuições
que deu fama a Anaxímenes.
Anaxímenes e o arché
Enquanto que os seus
predecessores, Tales de Mileto e Anaximandro, propuseram que o arché, a
substância primária, era a água e o ápeiron, respectivamente, Anaxímenes
afirmava ser o ar a sua substância primária, a partir da qual todas as outras
coisas eram feitas. Enquanto a escolha de ar possa parecer arbitrária, ele
baseou as suas conclusões em fenómenos observáveis na natureza, como a
rarefação e a condensação. Quando o ar condensa, torna-se visível, como o
nevoeiro e depois a chuva e outras formas de precipitação, e enquanto o ar
arrefece, Anaxímenes supunha que se formaria terra e posteriormente pedra. Em
contraste, a água evapora em ar, que posteriormente por ignição produz chamas
quando mais rarefeito.9 Enquanto outros filósofos também reconheciam tais
transições em estados da matéria, Anaxímenes foi o primeiro a associar os pares
de qualidades quente/seco e frio/molhado com a densidade de um único material e
a adicionar uma dimensão quantitativa ao sistema monista milésio.
Simplício em seu livro Física'
nos conta: “Anaxímenes de Mileto, filho de Eurístrates, companheiro de
Anaximandro, afirma também que uma só é a natureza subjacente, e diz, como
aquele, que é ilimitada, não porém indefinida, como aquele (diz), mas definida,
dizendo que ela é Ar. Diferencia-se nas substâncias, por rarefação e condensação.
Rarefazendo-se, torna-se fogo; condensando-se, vento, depois, nuvem, e ainda
mais, água, depois terra, depois pedras, e as demais coisas provêm destas.
Também ele faz eterno o movimento pelo qual se dá a transformação.”
A cosmologia de Anaxímenes
Tendo concluído que tudo no
mundo é composto de ar, Anaxímenes usou depois a sua teoria para desenvolver um
esquema que explicasse as origens de natureza da terra e dos corpos celestes ao
seu redor.
O ar ---- para criar o disco
plano da terra, que dizia ser da forma de uma mesa e que se comportava como uma
folha a flutuar no ar. Mantendo a visão aceite de que os corpos celestes eram
como bolas de fogo no céu, Anaxímenes propôs que a terra libertasse uma
exalação de ar rarefeito (pneuma) que se transformava em fogo, formando no
final as estrelas. O sol não seria composto de ar rarefeito, mas sim de terra,
assim como a lua. O seu aspecto em ignição não vem da sua composição mas sim do
seu movimento rápido.11 A lua é também considerada como sendo plana, flutuando
em fluxos de ar, e quando se oculta abaixo do horizonte não passa por debaixo
da terra mas é obscurecida por partes mais elevadas da terra enquanto faz o seu
circuito e se torna mais distante. O movimento do sol e dos outros corpos
celestiais à volta da terra é similar, diz Anaxímenes, ao modo como um chapéu
pode ser rodado na cabeça de uma pessoa.
Outros fenómenos
Anaxímenes usou as suas
observações e o raciocínio para providenciar as causas de outros fenómenos
naturais. Terremotos, dizia, eram o resultado da falta de humidade, que causa
que a terra sofra fracturas de tão seca que está, ou por excesso de humidade,
que também causa fractura pelo excesso de água. Em ambos os casos, a terra
torna-se fraca pelas fracturas e os montes colapsam, causando terremotos. Os
relâmpagos são causados por uma separação violenta, desta vez de nuvens pelo
vento, causando uma iluminação brilhante semelhante a fogo. O arco-íris, é
formado quando ar densamente comprimido é tocado pelos raios do sol.13 Estes
exemplos mostram como Anaxímenes, como os outros milésios, procuravam uma visão
mais completa da natureza, procurando unificar causas para diversos eventos que
ocorressem, em vez de tratar cada um por si ou atribuindo as causas a deuses ou
a uma natureza personificada.
Obras
Anaxímenes escreveu a obra de
nome Peri Physeos (Sobre a Natureza), obra que hoje em dia se encontra perdida.
Mas temos referência a ela a partir de Diógenes, que disse dele que escrevia em
dialecto jónico e num estilo conciso.
Segundo menciona Plínio, o
Velho na sua obra Historia Natural (Livro II, Capítulo LXXVI), Anaxímenes foi o
primeiro a analisar geometricamente aspectos das sombras para medir as partes e
divisões do dia, e desenhou um relógio de sol que denominava Sciothericon.
Literalmente: Umbrarum hanc rationem et quam vocant gnomonicen invenit
Anaximenes Milesius, Anaximandri, de quo diximius, discipulus, primusque
horologium, quod appellant, Lacedaemone ostendit.
Defendia
Para ele a água não era o princípio de todas as coisas,
assim como nenhum dos quatro elementos fundamentais: terra, fogo, ar e água.
Mas tudo começava com o que ele chama de a-peiron, que é o infinito na
qualidade e na quantidade. O a-peiron não surgiu de nada mas existe e não tem
fim. E justamente por ser infinito em extensão e profundidade pode gerar todas
as coisas. Muitos identificam esse infinito com o divino pois é imortal e não
pode ser destruído. Aqui a imortalidade não é somente algo que não tem fim mas
também algo que não tem começo. Neste ponto Anaximandro destrói as bases das
crenças nos deuses gregos. Estes não tinham fim mas tinham começo, eles nascem
em um determinado tempo. Anaximandro no entanto não acreditava em nenhum Deus.
Para ele as seqüências de se criar desenvolver e destruir eram fenômenos
naturais que aconteciam quando a matéria abandonava e se separava do a-peiron.
O a-peiron era a realidade inicial e final de todas as coisas e por
conseqüência continha em si toda a natureza divina.
Mas ele vai além, ele se questiona também de como e
porque as coisas se formam do a-peiron. Para ele es coisas se constituem
através de uma eterna luta entre contrários, onde algo não pode existir
enquanto existe também o seu contrário. O mediador desta eterna luta é o tempo,
que permite que ora exista um e ora exista o seu contrário. Esses contrários
podem ser observados na natureza calor,
frio; úmido, seco; claro, escuro, etc. E é o tempo que vai colocar limites para
a existência destes contrários.
Anaximandro acreditava que a terra tinha a forma
cilíndrica e era circundada por diversas rodas cósmicas que eram imensas e de
fogo. A terra ficava suspensa sem que nada a sustentasse o que a conservava
desta forma era a igual distância entre todas as partes. Existe um equilíbrio
entre as diversas forças que atuam sobre a terra. Para ele o sol é que fez que
do líquido do lodo marinho nascessem os primeiros seres vivos. Esses seres
marinhos aos poucos foram se desenvolvendo em seres mais complexos. O homem
teria se formado inicialmente dentro de alguns peixes. Ali ele se desenvolveu e
foi expulso quando cresceu de tamanho o suficiente para manter-se a si mesmo.
Conclusão
Após a compilação do tema pude
concluir que Anaxímenes de Mileto se
interessava em Astronomia e a física, e tinha como influência Anaxágramas, e
que foi um filosofo que existiu a vários anos atras, pois é da era a.C.
No seio do memso pude
concluir que para o nosso filósofo, pares de contrários são, por
exemplo, quente-frio e seco-úmido. Isto quer dizer que em cada coisa somente um
de cada par pode existir, não podendo, pois, coexistirem em um mesmo objeto, o
quente e o frio. Por isso percebemos a ordem nesta determinação. Mas se nenhuma
predomina eternamente (pois uma só existe quando a outra não está presente) é
porque devem ser determinadas por algo extrínseco (fora) a elas, algo
ilimitado, mas que as limita, o ápeiron (ilimitado, indefinido, indestrutível,
indeterminado).