Obesidade Infantil
1.1. Contextualização literária
A obesidade tornou-se uma pandemia,
com mais de um bilhão de pessoas afetadas em todo o mundo. Ao longo dos últimos
30 anos, triplicou a frequência de crianças com sobrepeso, definidas como
aquelas que têm um índice de massa corporal (IMC) acima do 85o percentil em
relação à idade e ao sexo. Dados da International
Obesity Task Force (Força-tarefa Internacional sobre Obesidade) indicam que
22 milhões de crianças menores de 5 anos em todo o mundo têm sobrepeso ou são
obesas. A obesidade chegou a substituir a desnutrição como o maior problema
nutricional em algumas partes da África, em particular Moçambique, com uma
incidência até quatro vezes maior do que a desnutrição.
Já se sabe que os índices de
obesidade nas camadas mais jovens da sociedade vêm aumentando a passos largos,
no entanto, o que mais preocupa em relação a este dado é a alta frequência de
crianças com sobrepeso que se tornam adultos obesos. Além disso, a obesidade na
infância tem consequências também precoces na saúde cardiovascular e metabólica
do indivíduo (AZEVEDO E BRITO, 2012).
Diante disso, o excesso de peso
está claramente associado com o aumento da morbidade e mortalidade e este risco
aumenta progressivamente de acordo com o ganho de peso. As doenças e agravos
não transmissíveis são as principais causas de óbitos em adultos, sendo a
obesidade um dos fatores de maior risco para o adoecimento neste grupo (Ministério
da Saúde, Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Atenção à Saúde
Brasileira, 2006).
Em muitos países, mais da metade da
população apresenta algum grau de excesso de peso. A epidemia é global,
atingindo não apenas os países desenvolvidos como também os países em
desenvolvimento (RIBEIRO, 2008).
1.2. Definição
A OMS define a obesidade “como uma
doença na qual existe uma acumulação excessiva de massa gorda, de tal forma que
a saúde pode ser adversamente afetada”. Sendo assim, o aumento de massa gorda é
o elemento-chave a ser utilizado. Deste modo, são relevantes as seguintes
definições: (RIBEIRO, 2008).
·
Massa
magra - representada pelos músculos que dão
sustentação e movimento ao corpo.
·
Massa
gorda - constituída pela gordura presente em
todo o organismo. Possui funções de armazenamento energético, proteção do
organismo contra o frio e colisões e produção hormonal.
Assim, avaliar e diagnosticar a
obesidade infantil implica em conhecer a composição corporal. A classificação é
desenvolvida através da curva de crescimento e desenvolvimento, estabelecidos
pela Organização Mundial de saúde, a qual adota novas curvas a partir de 2007.
Para Ramos e Barros Filho (2003), a
obesidade é um distúrbio nutricional e metabólico caracterizado pelo aumento da
massa adiposa do organismo, que se refere no aumento do peso corpóreo. O
aumento excessivo de gordura corporal pode provir do aumento do número de
celular adiposas (hiperplasia) e/ou o tamanho das células adiposas
(hipertrofia) conforme explicam Powers e Howley (2005).
Ainda sobre a visão de Ramos e Barros
Filho (2003) a obesidade é uma condição clínica séria e prevalente, podendo se
tornar o principal problema de saúde do século XXI e a primeira causa de
doenças crônicas do mundo.
Tendo em vista que a obesidade é
entendida como uma doença, a mesma raramente age sozinha, agrava muitos outros
riscos como a hipertensão, doenças pulmonares, artrite, gota, toxemia na
gravidez, problemas psicológicos, baixa tolerância a calor, função e tamanho do
coração dentre outros fatores podendo influenciar de forma negativa na condição
de saúde do individuo (POWERS e HOWLEY, 2005).
De acordo com a Organização Mundial
de Saúde (2003) atualmente, uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa, o
que representa cerca de cento e cinquenta e cinco milhões.
1.3. Classificação
Apesar dos indivíduos obesos
apresentarem diferenças tanto na quantidade de gordura, corno na sua
distribuição corporal, estudos ressaltam que a gravidade dos fatores de risco relacionados
à obesidade está diretamente ligada à topografia (ou distribuição) da gordura corporal.
O professor Jean Vague, foi o primeiro, há mais de 60 anos, á propor modelos topográficos
da gordura corporal, os quais se correlacionavam melhor com as possíveis
consequências da obesidade. Tendo em conta estas estruturas morfológica, segundo
a OMS, existem dois sub-grupos diferentes de obesidade: (POWERS e HOWLEY, 2005)
e (CARVALHO, et al 2001).
Obesidade
Ginoide - concentra gordura em maior quantidade
nas nádegas e nas coxas, podendo haver bastante adiposidade também no abdômen,
mas na parede abdominal (diferente da obesidade central, em forma de maçã, que
concentra adiposidade entre as vísceras). Este tipo de obesidade predomina em
mulheres e assemelha-se a forma de pera.
Está associado à problemas
ortopédicos, de pele, varizes, celulite, mas apresenta rncnoi relação com
doenças cardiovasculares (POWERS e HOWLEY, 2005) e (CARVALHO, et al 2001).
Obesidade
Androide - Conhecida também como obesidade em
forma de maçã ou obesidade visceral. A gordura se concentra no tronco, abdômen
e tórax, sendo que os membros superiores e inferiores tendem a ser menos volumosos.
É a que mais se associa a doenças (intolerância à glicose, hiperlipidemia,
complicações cardiovasculares e acidente vascular cerebral). Este acúmulo de
gordura aumenta a incidência de acometimentos cardiovasculares e, está
presente, sobretudo no sexo masculino (POWERS e HOWLEY, 2005) e (26).
Figura 1: Obesidade
Ginóide e Obesidade Androide
Variações na topografia da gordura
corporal podem ter um alto valor em predizer futuros riscos à saúde. Com o
aumento da gordura corporal estocada, aumenta-se também o risco de desenvolver
urna síndrome plurirnetabólica (CARVALHO, et al 2001).
Logo, a síndrome metabólica é uma
desordem complexa, representada por um conjunto de fatores de riscos
cardiovasculares, usualmente relacionados à deposição central da gordura e à
resistência à insulina. Destaca-se a associação da síndrome metabólica com a doença
cardiovascular, aumentando a mortalidade da população adulta. As doenças cardiovasculares
representam a primeira causa de morte nos países desenvolvidos e também vêm
crescendo naqueles com economia em transição e sub-desenvolvidos.
1.4. Epidemiologia
Nos países industrializados, a
pré-obesidade e a obesidade constituem o distúrbio nutricional mais frequente
em criança e adolescentes (Kotani, 1997).
Na Europa, a prevalência de
obesidade triplicou nas últimas duas décadas. Sendo este um dado
particularmente alarmante. Se não se intervir e se se continuar a evoluir
segundo a mesma razão como em 1990, é estimado que em 2010, na Europa, 150
milhões de adultos e 15 milhões de crianças e adolescentes serão obesos
(CURRIE, ROBERTS, 2004). Assumindo a tendência observada em 2006, é dada uma
projecção de aproximadamente 41% de crianças da região Mediterrânica oriental e
38% das crianças da Europa têm excesso de peso (KOSTI, PANAGIOTAKOS, 2006).
Na Europa, a prevalência de
obesidade e excesso de peso varia entre 3% e 35% aos 13 anos e entre 5% e 28%
aos 15 anos. Os rapazes apresentam indicadores de prevalência superior às
raparigas em todos os países da Europa, excepto na Irlanda onde as raparigas
apresentam uma prevalência ligeiramente superior (Organização Mundial da Saúde,
2007). Em média, a prevalência de excesso de peso e obesidade aos 13 anos é de
14,4% nos rapazes e 9,3% nas raparigas, e 8,2% e 6,0% aos 15 anos,
respectivamente.
Dos 32 países que fazem parte do
estudo, Portugal encontra-se como o quinto país com maior prevalência de
obesidade aos 13 anos em ambos os géneros e em 8º lugar e 19º lugar, aos 15
anos, para rapazes e raparigas, respectivamente (Organização Mundial da Saúde,
2007). Segundo a IOTF, uma em cada 10 crianças tem excesso de peso e aproximadamente
30–45 milhões são obesas.
Na Europa, os países do sul são os
que apresentam um maior aumento da prevalência. No norte na Europa, a
prevalência de excesso de peso em crianças é de 10–20%, enquanto no sul é de
20–35%19. A prevalência de 24% de excesso de peso e obesidade em crianças em
idade escolar é 5 pontos percentuais superior à expectável tendo em conta as
tendências originais dos anos 80 e já é superior à expectável para 2010.
Presentemente a IOTF estima que na Europa, 14 milhões de crianças têm excesso
de peso e 3 milhões são obesas (Força Tarefa Internacional para Obesidade, 2004).
Em Portugal, num estudo realizado com crianças portuguesas de idade
compreendida entre os 7 e os 9 anos, no período de 1970 a 2002, a prevalência
de excesso de peso e obesidade é de 20,3% e 11,3%, respectivamente (PADEZ, MOURÃO,
MOREIRA, et al, 2004).
Noutro estudo realizado em
adolescentes dos 12 aos 19 anos, estudantes do concelho de Lisboa, a
prevalência de excesso de peso e obesidade foi de 35%. Um outro estudo
realizado em crianças e adolescentes dos 10 aos 15 anos da área do Grande Porto
revela que 41% dos indivíduos apresentava excesso de peso e 13,7% obesidade,
sendo que os rapazes apresentam valores mais elevados que as raparigas.
Para se conhecer a problemática
nacional foi desenvolvido um estudo que teve como principal objectivo
determinar a prevalência de obesidade infanto-juvenil em Portugal, dados que
não se sabiam até ao momento. O estudo, desenvolveu-se em 5708 crianças e
adolescentes de Portugal Continental entre os 10 e os 18 anos de idade,
apresentando indicadores de excesso de peso (22,6%) e obesidade (7,8%) de
31,4%31. Quando avaliados os resultados por faixas etárias podemos concluir que
os mais jovens apresentam indicadores de excesso de peso mais elevados do que
os mais velhos, factor que nos desperta para o facto de que as crianças
portuguesas começam a tornar-se obesas cada vez mais cedo: 37,6% (10–11 anos);
33,1% (12–13 anos); 27,6% (14–15 anos) e 24,5% (16–18 anos)31. Nos EUA, a
prevalência de pré-obesidade entre os 5 e os 24 anos aumentou aproximadamente
para o dobro entre 1973 e 1994 (7% para 15%, respectivamente). Mais ainda, o
aumento do peso relativo e da obesidade nestas idades durante o último período
deste estudo (1983–1994) foi aproximadamente 50% maior que no período entre
1973 e 198232. Um resultado similar foi observado no Japão, onde a frequência
de crianças obesas em idade escolar entre os 6 e os 14 anos aumentou de 5% para
10%, durante os vinte anos de estudo (1974–1993).
A obesidade durante a infância leva
a um aumento da mesma durante a vida adulta, bem como a um aumento de desordens
patológicas relacionadas com a obesidade. Neste estudo, aproximadamente um
terço das crianças obesas tornaram-se adultos obesos (OGDEN, FLEGAN, et al,
2002).
Dados do National Center for Health
Statistics revelam que actualmente, nos Estados Unidos, uma em cada cinco
crianças tem pré-obesidade, o que diz respeito a uma prevalência de 20%11. Na
verdade, segundo o National Health and Nutrition Examination Survey, a
prevalência de obesidade em idade pré-escolar (2–5 anos) e crianças (6–12 anos)
entre 1999 e 2002 duplicou em relação a 1976–1980; em relação aos adolescentes
(12–19 anos), esta relação triplicou (STYNE, 1999) e (KOTANI, 1997).
No Canadá, entre 1981 e 1996,
verificou-se um aumento da prevalência do excesso de peso nos rapazes e
raparigas de 15% para 28.8% e para 23.6%, respectivamente. Em relação à
obesidade, a sua prevalência mais do que duplicou, passando de 5% para 13.5% nos
rapazes e 11.8% nas raparigas (TREMBLAY, WILLMS, 2000).
Um relatório da Internacional Life
Sciences Institute Europe refere que os níveis de prevalência de obesidade entre
crianças jovens (abaixo dos 5 anos) são relativamente baixos (resultados de 1 a
4%), quando comparados com crianças mais velhas (7 a 11 anos – relatos de 2 a
23%) e adolescentes (12 a 18 anos – reportaram valores entre 2 a 29%). Refere
ainda que em alguns estudos as diferenças entre sexos foram inconsistentes. A
obesidade infantil e juvenil não se encontra confinada aos países
industrializados. Existem dados que revelam elevadas taxas de prevalência de
obesidade em alguns países em desenvolvimento (Organização Mundial da Saúde,
2000).
A prevalência de excesso de peso e
obesidade na Tailândia em crianças em idade escolar, dos 5 aos 16 anos,
cresceu, em apenas 5 anos, de 12.4% em 1992 para 21.1% em 19974 . Num estudo na
Arábia Saudita, em rapazes com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos,
verificou-se uma prevalência de obesidade de 15.8%4,36. Estes dados são de
facto preocupantes, os quais justificam a classificação, da Organização Mundial
de Saúde, da obesidade como uma epidemia global e consequentemente um grave
problema de saúde pública (Organização Mundial da Saúde, 2000).
Alguns estudos epidemiológicos
mostram que, o ganho ponderal é um fator de risco independente para o
desenvolvimento da síndrome metabólica. Portanto, o tecido adiposo que se
acumula nas vísceras, em uma associação conhecida com complicações metabólicas
e com anormalidades de fatores humorais, é que regulam as quantidades
circulantes de glicose, insulina e lipídios. Consequentemente, quanto maiores os
estoques de gordura visceral, maiores os riscos de possíveis doenças cardíacas
e coronarianas (CARVALHO, et al 2001).
1.5. Causas da obesidade infantil
Diversos fatores podem causar
obesidade infantil. Entre as mais comuns estão fatores genéticos, má
alimentação, sedentarismo ou uma combinação desses fatores. Além disso, a
obesidade em crianças também pode ser decorrente de alguma condição médica,
como doenças hormonais ou uso de medicamentos a base de corticoides.
Apesar de ser uma condição com
influência genética, nem todos os pais e mães com obesidade também terão filhos
com o problema, assim como aqueles pais e mães com peso recomendado podem gerar
filhos com obesidade. Isso porque a obesidade infantil também tem ligação com
os hábitos alimentares da criança e da família, bem como a realização de
atividades físicas (CERQUEIRA, SOUZA, et al., 2003).
Dessa forma, a alimentação da
criança e a quantidade de exercícios físicos que ela pratica são fatores
determinantes para o aparecimento da obesidade infantil, ainda que exista
histórico familiar do problema. Ficar atento a esses hábitos pode ajudar a
prevenir a condição pela vida toda.
A obesidade infantil está
relacionada com a inatividade física, presença de televisão, computador e
videogame nas residências, e má alimentação resultante de dietas com baixo
consumo de verduras e frutas (CERQUEIRA, SOUZA, et al., 2003).
Os comerciais da TV exercem elevada
influência no comportamento alimentar de crianças e, em sua maioria, anunciam
alimentos com elevados índices de gorduras, óleos, açúcar e sal, extremamente
contrários às recomendações de uma dieta saudável e balanceada para a criança
(FREITAS, COELHO, RIBEIRO, 2009).
Nesse sentido, as entidades
governamentais em todo o mundo procuram controlar as propagandas de alimentos,
principalmente aquelas destinadas ao público infantil (REIS, VASCONCELOS, 2011).
1.6. Factores de riscos
O sedentarismo vem sendo fortemente
relacionado ao excesso de peso e ao aumento das taxas de mortalidade por todas
as causas, devido aos hábitos inadequados como redução do número de refeições e
a não realização do café da manhã (BOUCHARD, 2003). De acordo com Dias e
Campos, (DIAS, CAMPOS, 2008) entre os fatores associados à dieta que mais
contribuem para o aumento das taxas de sobrepeso e obesidade infantil entre os
brasileiros estão a alimentação fora do lar, o aumento da oferta de refeições
rápidas e o consumo de alimentos processados e industrializados.
O desmame precoce e o crescente
número de crianças que não receberam o aleitamento materno vem sendo associados
à obesidade, pois, segundo estudo de Minossi et al., 2008, foi detectada uma
prevalência de obesidade de 4,5% em crianças que nunca haviam sido amamentadas
e de 2,8% naquelas que não receberam o aleitamento exclusivo até os seis meses
de vida, levantando-se a hipótese de que o aleitamento materno possui efeito
protetor contra a obesidade. O IMC materno também vem sendo relacionado à
obesidade infantil, pois quanto mais elevado o IMC da mãe, maior a chance da
criança apresentar excesso de peso (MINOSSI, et al., 2013).
Entre as complicações decorrentes
da obesidade na fase pediátrica estão: problemas articulares; cutâneos;
gastrintestinais; de crescimento; respiratórios; e psicossociais, envolvendo
sofrimento psicológico decorrente do preconceito social e discriminação devido
ao comportamento alimentar.
Segundo Dias e Campos (2008), as
doenças endócrino metabólicas são as mais associadas à obesidade infantil como
o diabetes melittus tipo 2, em que cerca de 90% de seus casos estão associados
ao excesso de peso. Neste contexto encontram-se também as doenças
cardiovasculares, que representam a principal causa de mortalidade da população
brasileira, onde a elevação da pressão arterial está relacionada à duração da
obesidade, ou seja, o risco de desenvolver hipertensão torna- -se maior
conforme a permanência no estado de obesidade (MEDEIROS, et al., 2012).
E na infância, este risco é
preocupante, visto que, de acordo com Rech et al., (2010) há uma considerável
relação entre excesso de peso, níveis elevados de pressão arterial, perfil
lipídico e depósito de gordura corporal.
Alguns fatores podem aumentar o
risco de obesidade em crianças e adolescentes. Veja:
·
Dieta desequilibrada,
rica em fast foods, alimentos
industrializados e congelados, refrigerantes, doces e frituras
·
Sedentarismo, uma vez
que a atividade física ajuda a queimar as calorias ingeridas
·
Histórico familiar de
obesidade, uma vez que a doença tem influência genética e os maus hábitos
alimentares podem ser ensinados de pai para filho
·
Fatores psicológicos,
como estresse ou tédio, podem fazer as crianças comerem mais do que o
normal
1.7. Consequências da obesidade infantil
Recentemente, estudos procuram
abranger levantamentos populacionais, na tentativa de fornecer subsídios na
análise da prevalência do sobrepeso e da obesidade em todas as idades e camadas
sociais. Esses estudos, além de descrever o fenômeno, podem contribuir para a
monitoração do nível de saúde e qualidade de vida da população. (GUEDES e
GUEDES, 1998)
Para Ramos e Barros Filho (2003) o
estado de obesidade e de sobrepeso é uma condição clínica séria e prevalente,
podendo se tornar o principal problema de saúde do século XXI e a primeira
causa de doenças crônicas do mundo.
De acordo com a Organização Mundial
de Saúde (2009), atualmente uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa, o
que representa cerca de cento e cinquenta e cinco milhões de pessoas.
Atualmente, quase 15% das crianças
estão acima do peso e 5% são obesas.
Várias complicações podem ocorrer
na saúde de uma criança com sobrepeso, além disso, uma criança obesa aumenta a
probabilidade de se tornar um adulto obeso, o que pode gerar problemas de saúde
tendo como consequência até mesmo a morte. Sob esta visão Escrivão e Lopez
(1995), informam que a maioria das complicações da obesidade iniciadas na
infância e na adolescência acaba se manifestando na fase adulta levando ao aumento
da morbimortalidade e à diminuição da esperança de vida.
Conforme Bray (2003), as condições
físicas, sociais e psicológicas associadas com a obesidade são: osteoartrite,
diabete mellito não insulino dependente, hiperlipidemia, doença cardíaca,
acidente vascular cerebral, hipertensão, alguns tipos de câncer, doença da
vesícula biliar, gota, distúrbios alimentares, distúrbios do sono e distúrbios
de humor.
Para Suplicy (2002), outro aspecto
que é desencadeado pelo surgimento da obesidade nas pessoas com pouca idade é o
fator psicossocial. As crianças obesas têm sua auto-estima bastante diminuída,
sentem-se rejeitadas e tendem a isolar-se de modo que esses pequenos cidadãos
apresentam grande dificuldade de interação na escola. Este pensamento reflete
as consequências psicossociais da obesidade que derivam de valores ligados à
cultura atual que considera o corpo gordo como feio e pouco saudável.
O aumento da obesidade e suas sequelas
como problema clínico e social é que tem estimulado estudos que conforme Ramos
e Barros Filho (2003), nos levam à percepção do quanto o sobrepeso e a
obesidade estão cada vez mais presentes em todas as comunidades, atingindo
todas as idades.
Verifica-se então o tamanho da
abrangência de problemas causados pela obesidade e sobrepeso, e ainda, como os
mesmos têm influenciado de forma negativa as perspectivas do país e ainda mais,
do mundo.
A obesidade infantil pode gerar
alguns problemas de saúde, como:
·
Colesterol alto;
·
Pressão alta;
·
Doenças
cardiovasculares precoces;
·
Diabetes;
·
Problemas precoces
nossos ossos;
·
Problemas de pele como
alergias pelo calor, infecções causadas por fungos e acne.
1.8. Tratamento médico e nutricional ou dietoterápico
1.8.1. Adesão ao tratamento
Os estudos sobre a adesão ao
tratamento de obesidade são complexos e ainda insuficientes e existe uma lacuna
de novas publicações que esclareçam melhor os aspectos psicossociais envolvidos
no fenômeno da baixa adesão e do abandono precoce ao tratamento de obesidade (EPSTEIN,
MYERS, et al., 1998). Dados da literatura mostram taxas muito altas de abandono
ao tratamento de adultos e crianças, em torno de 50% (PINELLI, ELERDINI, et
al., 1999).
Em um estudo foram identificadas
diversas causas para a desistência da continuidade ao tratamento da obesidade
em crianças e adolescentes, como por exemplo, as dificuldades dos pais e/ou
responsáveis em comparecer, o não-comprometimento nas combinações por parte das
crianças e adolescentes, o entendimento de que a proposta fosse algo mais
“mágico” e/ou a não-disponibilidade dos pais em mudar hábitos. Não foram
identificadas diferenças significativas nas características demográficas e no
IMC dos desistentes (MELO, LUFT, et al., 2004).
1.8.2. Tratamento médico
Com relação ao tratamento
medicamentoso para redução da obesidade são utilizadas as seguintes drogas:
anfetaminas, fenfluraminas, fenterminas, dietilpropriona, mazindol, pemolina,
fenilpropanolamina e os antidepressivos, fluoxetina e sertralina, entre outras.20
Somente duas drogas são aprovadas pelo FDA (Food and Drug Administration) para
tratamento a longo prazo da obesidade: sibutramina (aprovada em 1997) e
orlistat (aprovada em 1999). O orlistat pode ser usado em adolescentes de 12 a
16 anos, com efeitos adversos similares aos observados em adultos. A eficácia
da sibutramina em adolescentes não é comprovada e seu uso não é recomendado em
pacientes pediátricos (Food and Drug Administration “FDA”, 1996).
O FDA também aprova a fentermina e
a dietilpropriona para tratamento a curto prazo da obesidade em adultos, porém
o uso destes medicamentos não é recomendado para menores de 16 anos (Food and
Drug Administration, 1996). Um estudo prospectivo, randomizado, placebo
controlado que demonstrou que o orlistat pode ser um integrante útil no
tratamento da obesidade mórbida em adolescentes, porém os efeitos colaterais
gastrointestinais limitam sua utilidade em quase 1 a cada 3 adolescentes. Vinte
e dois adolescentes com obesidade exógena foram tratados com orlistat na dose
de 120 mg/dia e com um preparado multivitamínico diário em adição ao tratamento
convencional que incluía programas de modificação nutricional e no estilo de
vida.
Um estudo com 60 adolescentes
(randomizado, duplo cego, placebo controlado) demonstrou que houve
significativa redução de peso naqueles que usaram o medicamento sibutramina
(10,3 ± 6,6 kg) em relação ao grupo que usou placebo (perda de 2,4 ± 2,5 kg).
Além disto, não houve diferença na pressão arterial, frequência cardíaca e nos
parâmetros ecocardiográficos entre o grupo que usou o medicamento e o grupo
placebo (GODOY-MATOS, CARRARO, VIEIRA, et al., 2005).
Existem estudos clínicos em
andamento na avaliação de orlistat e de sibutramina em pacientes pediátricos.
Esses estudos são necessários, uma vez que não se pode assumir que riscos e
benefícios do uso desses agentes sejam os mesmos em adultos e em crianças. Há
muitas controvérsias sobre a utilização destes medicamentos, pelos escassos
estudos sobre seus efeitos a longo prazo. Os remédios criam uma expectativa de
cura para a obesidade e as pessoas comumente voltam a engordar com a suspensão
do medicamento (FRANCISCHI, PEREIRA, 2000).
1.8.3. Tratamento cirúrgico
Capellla e Capella (2003) sugerem
que intervenção cirúrgica precoce deveria ser oferecida a maior número de
adolescentes para minimizar as consequências emocionais e físicas da obesidade
mórbida. Foi realizado um acompanhamento de 19 pacientes com idade entre 13-17
anos que se submeteram a gastroplastia vertical com bandagem e derivação
gástrica em Y de Roux entre maio 1990 e agosto de 2001. O Índice de Massa Corporal
(IMC) médio era de 49 kg/m2, variando de 38 a 67. O IMC pós-operatório, no
tempo máximo de acompanhamento (média 5,5 anos, variando de 1 a 10 anos), foi de
28 variando de 23 a 45.
Somente um paciente não perdeu peso
suficiente e foi considerado um insucesso. Não houve mortalidade ou séria
morbidade e todas as comorbidades desapareceram durante o processo de perda de
peso. As famílias e pacientes ficaram satisfeitos com a cirurgia, no entanto
alguns pacientes manifestaram insatisfação como excesso de pele após a perda de
peso e expressaram relutância em exporem seus corpos. Sugerman et al., (2003)
sugeriu que a cirurgia bariátrica em adolescentes obesos é segura e associada
com significativa perda de peso, correção das comorbidades relacionadas à
obesidade e melhora da auto-imagem e da socialização.
De acordo com a resolução n°
1.766/05 do Conselho Federal de Medicina o tratamento cirúrgico da obesidade
mórbida é indicado para pacientes maiores de 18 anos. Idosos e jovens entre 16
e 18 anos podem ser operados, mas exigem precauções especiais e o
custo/benefício deve ser muito bem analisado.
O tratamento cirúrgico permanece
como ultima opção, para pacientes que apresentaram falha por mais de 6 meses na
tentativa de perda de peso, Índice de Massa Corporal (IMC) ≥ 40, atingiram
maturidade do esqueleto, tenham comorbidades relacionadas à obesidade que podem
melhorar com a redução do peso, demonstrem capacidade de decisão, sejam capazes
de aderir às orientações nutricionais pós-operatórias e que tenham um suporte
no ambiente familiar. Ressalta-se que a cirurgia somente deverá ser realizada
em pacientes selecionados e mesmo os casos que preencham estes critérios devem
ser analisados, já que estes reúnem características que poderiam possibilitar o
emagrecimento sem a cirurgia. Deve ser levado em consideração que apesar do
procedimento cirúrgico se mostrar eficaz em reduzir significativamente o peso e
comorbidades como apnéia do sono e hipertensão, os efeitos metabólicos,
nutricionais, e psicológicos a longo prazo ainda não são completamente
conhecidos (INGE, KREBS, et al., 2004).
1.8.4. Terapia comportamental
A terapia cognitivo-comportamental
(TCC) é uma intervenção semi-estruturada, objetiva e orientada para metas, que
aborda fatores cognitivos, emocionais e comportamentais no tratamento dos
transtornos psiquiátricos. Os transtornos alimentares (TA) são
multideterminados e resultam da interação entre fatores biológicos, culturais e
experiências pessoais.
A TCC ocupase da identificação e
correção das condições que favorecem o desenvolvimento e manutenção das
alterações cognitivas e comportamentais que caracterizam os casos clínicos.
Vários ensaios clínicos avaliaram a eficácia da terapia cognitivo
comportamental, indicando que ela favorece a remissão ou diminuição da frequência
de episódios de compulsão alimentar, dos comportamentos purgativos e da
restrição alimentar. Tem sido relatada também melhora do humor, do
funcionamento social, e diminuição da preocupação com peso e formato corporal
(DUCHESNE, ALMEIDA, 2002).
1.9. Prevenção da Obesidade Infantil
Dada a prevalência da obesidade e
suas graves consequências, é importante a implementação de medidas de prevenção
e promoção de saúde ainda na infância, como ampliação de políticas de saúde com
educação nutricional, desenvolvimento e infraestrutura apropriada para práticas
recreativas e de exercícios físicos, legislação específica para a rotulagem de
alimentos e publicidade e propaganda de alimentos. Além disso, é fundamental a
atuação do pediatra, por meio de atendimento individualizado, especialmente se
a criança ou adolescente já apresenta excesso de peso (VARGAS, 2011)
·
Agendar anualmente
visitas de acompanhamento para os filhos;
·
Dar um bom exemplo.
Certificar-se de comer alimentos saudáveis e fazer exercícios regularmente;
·
Evitar disputas de
poder relacionadas com os alimentos. Não usar doces ou outros pratos como
recompensa ou punição para as atitudes da criança;
·
Enfatizar o positivo,
destacando o lado positivo da boa alimentação e do exercício;
·
Ser paciente. Muitas
crianças com excesso de peso podem chegar a um peso saudável com o crescimento.
Perceber, também, que exagerar nas recomendações de dieta e atividade física
pode sair pela culatra, fazendo a criança comer mais e aumentando o risco de um
distúrbio alimentar.
O tratamento da obesidade infantil
e juvenil constitui estratégia importante na abordagem dessa enfermidade, pois
hábitos alimentares e de atividade física são construídos neste período, além
da constituição da auto-imagem da criança, amparada pelas relações familiares.
Além disto, a realização de intervenções precoces poderá evitar a persistência
da obesidade e consequentemente a ocorrência de comorbidades.
A participação da família deve ser
sempre considerada nos programas de redução de peso. As orientações alimentares
e quanto aos hábitos de vida são adequadas para todos os membros da família.
Como os programas de intervenção
ainda têm pouco consenso, a prevenção continua sendo o melhor caminho para
diminuir as importantes consequências físicas e emocionais da obesidade.
Uma boa alimentação requer displina
na ingestão alimentar que consiste em fixar o horário das refeições para melhor
funcionamento do organismo; fracionar a alimentação 5 ou 6 vezes ao dia; evitar
alimentos calóricos como fast-food, refrigerantes, salgadinhos de pacote,
biscoitos recheados, doces e sorvetes; e consumir mais vegetais, hortaliças,
frutas, além da ingestão hídrica (SESI, 2012). As recomendações nutricionais
são como metas para o estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis, que
propiciem todos os nutrientes necéssarios ao crescimento e desenvolvimento da
criança de acordo com a idade. A pirâmide alimentar é um guia geral para uma
população acima de dois anos de idade, que demonstra como deve ser a
alimentação diária para uma população saudável (PHILLIPE, et al., 1999).
2.
Conclusão
De acordo com o trabalho exposto,
foi possível concluir que a obesidade infantil tem sido um problema crescente
de saúde pública, tornando-se uma epidemia mundial, além de ser uma das
patologias nutricionais que mais tem apresentado aumento na prevalência.
Como foi visto no decorrer deste
trabalho, crianças obesas podem fazer parte dos grupos de risco com maiores
probabilidades de virem a sofrer enquanto criança e na idade adulta, distúrbios
nas esferas orgânicas, além de graves problemas psicológicos que podem
interferir no seu desenvolvimento.
Assim sendo, a obesidade é
considerada uma enfermidade multifatorial, que pode ter como causas, diversos
fatores genéticos, fisiológicos (endócrinos metabólicos), condições
sócio-ambientais (prática alimentar e actividade física), étnicos e
psicológicos. Outros fatores estariam relacionados como desmame precoce e a
introdução de alimentos inadequados.
Nesta premissa, a ingestão
alimentar inadequada ou em excesso, aliada ao sedentarismo, aparecem como as
principais causas da obesidade.
Diante disso, a gordura corporal em
excesso esta relacionada á doenças crônico degenerativas importantes, podendo
ser desencadeadas á curto e em longo prazo, interferindo significativamente na
vida das pessoas. As principais complicações são relacionadas aos distúrbios
cardiovasculares, metabólicos, ortopédicos, do crescimento, respiratório,
psicossociais e neoplasias.
Neste âmbito, levando em
consideração a complexidade desta doença e, as consequências da mesma, o melhor
caminho para o manejo contra a obesidade infantil é a prevenção. Deve-se dar
atenção especial á promoção contínua de ações de prevenção e, conscientização
sobre a importância de mudar hábitos de vida relacionados ao sedentarismo e á
má alimentação. Estas condutas visam á reformulação de hábitos diários á longo
prazo, trazendo benefícios do ponto de vista educacional, social,
proporcionando cuidados não somente com a obesidade, mas também com várias
doenças, auxiliando também á refletir sobre a saúde e qualidade de vida.
Diante disso, estas medidas serão
alcançadas somente através de esforços conjugados, por meio de ações
interdisciplinares, que envolvam os serviços de saúde, profissionais da educação
(escola), órgãos governamentais, sociedade, família e indivíduo.
3.
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