Localização geográfica da Etiópia

Localização geográfica da Etiópia

A maior parte do território localiza-se no chifre de África, que é a parte mais oriental do continente.

A Etiópia Antiga estava delimitada a Norte pela região de Shoa, a Oeste pelo leste do lago Tana e pelo curso superior do afluente do rio Nilo (Nilo Azul) e a Leste pela extremidade do planalto. 

 

Actual Etiópia

O norte da Etiópia é montanhoso com altitudes superiores a 4000 metros, onde o maciço central é cortado diagonalmente pelo Vale do Rift. O clima é tropical de altitude nos planaltos e nas montanhas, mas quente e seco nas terras baixas.

As origens da Etiópia estão ligadas ao estado de Axum e foi um único reino africano, que ao longo da história, sempre manteve a sua soberania e independência, pois nunca sofreu o domíno estrangeiro (colonização).

 A vida económica, política e sócio ideológica da Etiópia, entre os séculos V a XV, esteve condicionada a factores como o comércio marítimo, cristianismo e islamismo e, períodos de guerras.

Economia da Etiópia

A base da economia da Etiópia Antiga era agricultura, praticada nas selvas tropicais produzindo cereais (milho, arroz) algodão, tabaco, banana, mangas e legumes. Nas altitudes produzia-se a cevada e o café e faziam a criação de gado. Domesticavam o camelo que servia de meio de transporte nas regiões desérticas, as ovelhas que produziam a lã para fazer tecidos que eram exportados para Egipto. Domesticavam também bois, carneiros, cabras, asnos e elefantes. Este estava reservado ao uso exclusivo da corte.

Apescaera uma das importantes fontes de subsistência dos etíopes servindo-se para tal de pequenas embarcações que eram simultaneamente usadas como meio de transporte de mercadorias a curta distância.

Os artesãos metalúgicos (ferreiros), oleiros, os pedreiros, os canteiros e os escultores contribuíram em grande medida para o desenvolvimento da agricultura, do comércio, da arte militar e da construção de habitações, templos e palácios. 

O comércio marítimo foi outra actividade importante que marcou a vida a vida dos etíopes (axumitas). Axum tornou-se o centro do comércio entre o Vale do Nilo e os portos do Mar Vermelho, das rotas para Arábia e Índia. Os etíopes ou axumitas exportavam produtos como o mármore, couro (pele) de hipopótamo, trigo e escravos e, importavam óleo de oliva, de sésamo e cana-de-açúcar. Para garantir a hegemonia no comércio marítimo, os etíopes recorriam a pirataria intensa através do Mar Vermelho.

Organização social e política da Etiópia

No período compreendido entre os séculos IV e XVI, a história política da Etiópia esteve ligada a três disnastias: dinastia de Frumêncio, que no século IV converteu o país ao cristianismo; a disnastia de Zagwe e; a dinastia se Salomão. O primeiro regime político na Etiópia foi a monarquia (realeza).  

A civilização etíope emergiu do Antigo reino de Axum. No século IV n.e os axumitas ou etíopes dominaram outras regiões como o Sudão, a sul da Arábia e as terras situadas entre o Sahara, a oeste, o deserto de Rub al- Khali, no centro da Arábia, a leste e o reino de Méroe. Assim, no século V n.e., a monarquia etíope deu lugar a um império. 

Na administração do vasto território estava o imperador chamadoNegusa Nagast (Rei dos Rei) auxiliado por membros da corte (dois comandantes do exército) e governadores (Rás). Estes tinham a função de manter o exército e garantir a cobrança de impostos. Também existiam os príncepes da periferia do império que prestavam vassalagem ao imperador. Esta vassalagem era feita através de casamentos do imperador com as princesas árabes, fomentando deste modo a poligamia. O Rei dos Reis não tinha residência fixa e, só se mostrava ao povo três vezes ao ano, no Natal, na Páscoa edurante a Santa Cruz. Os cargos mais importamtes do império era exercído por familiares a título hereditário.


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