Resistências Africanas
Resistências
Africanas
Região |
Potencial Colonial |
Causas |
Formas de Resistência |
Líder |
Egipto |
Império
Britânico |
O estopim da revolta foi a
insatisfação dentro do exército, principalmente com a impossibilidade de os
egípcios ocuparem os postos de mais alta patente. Além disso, soldos muito
baixos eram pagos aos soldados egípcios. O resultado político foi uma intervenção
dos militares a partir de Fevereiro de 1881, que resultou na revolta contra o
colonialismo europeu e o quediva
Tawfiq. |
Os revoltosos queriam ainda a
derrubada de Tawfiq, sendo que alguns sectores tinham por interesse a
formação da República Egípcia. Essa oposição levou Tawfiq a organizar junto
aos ingleses uma forma de derrubar os revoltosos do poder. Alguns
historiadores propõem que um massacre na cidade de Alexandria contra os
estrangeiros, em 12 de Junho de 1882, teria sido organizado pelos ingleses
para justificar uma intervenção militar. A intervenção militar havia
mesmo sido solicitada por Tawfiq e ocorreu tanto no ataque à cidade de
Alexandria quanto na ocupação do Canal de Suez pelos ingleses, que
serviram como ponto de partida para esmagar a revolta. Mesmo com o apoio
popular à causa constitucionalista – financeira e de composição das forças
militares revoltosas, principalmente depois da declaração do Jihad
contra os europeus –, as forças inglesas saíram vitoriosas. |
Ahmadi Urabi |
Sudão |
Inglaterra |
Na sequência da invasão de Mehmet
Ali, em 1819, o Sudão era governado por administração egípcia. Este sistema
colonial era sentido pelo povo do Sudão, devido aos pesados impostos e pelas
tentativas egípcias de acabar com o tráfico de escravos. Em 1870, um clérigo muçulmano chamado Muhammad Ahmad pregou a renovação da fé
e da libertação da terra, e começou a atrair seguidores. Logo em seguida
houve uma revolta aberta contra os egípcios, Muhammad Ahmad se auto-proclamou
o Mahdi, o redentor prometido do mundo islâmico. O então governador do Sudão,
Raouf Paşa, enviou duas companhias de infantaria, com uma metralhadora para
prendê-lo. Os capitães das duas companhias tiveram promoções prometidas se os
seus soldados fossem os únicos a devolver o Mahdi para o governador. Ambas as
companhias desembarcaram do navio que os trouxera do Rio Nilo até Abba e se aproximaram da vila do
Mahdi em direcções distintas. Chegando em simultaneamente, as duas forças
começaram a disparar às cegas, permitindo que os seguidores do Mahdi
atacassem e destruíssem as forças, uma em cada turno. |
O Mahdi, em seguida, começou
uma retirada estratégica para Kordofan, onde estava a uma maior distância da sede do governo de Cartum. Este movimento, que se escondia como uma marcha triunfal, incitou
muitas das tribos árabes a se levantar em apoio da Jihad que Mahdi tinha declarado contra os "Turcos Opressores".
Outra expedição egípcia expedidos em Kodok havia sido emboscada e abatida na noite de 9 de
Dezembro. O governo egípcio do Sudão,
agora profundamente preocupado com a dimensão da revolta, reuniu uma força de
quatro mil soldados sob o comando de Yusef Paşa. Esta força aproximou-se do recolhimento Mahdista, cujos membros eram
mal vestidos, tinham fome, e eram armados apenas com paus e pedras. No
entanto, o excesso de confiança suprema levou o exército egípcio em campo
dentro da vista do exército do Mahdista sem postar sentinelas. O Mahdi
comandou um ataque na madrugada de 7 de
Junho que massacrou um exército. Os
rebeldes ganharam vastos estoques de armas, munições, roupas militares e
outros suprimentos. |
Mahdi |
Argélia |
França |
O governo francês do tempo considerava criminoso
ou terrorista todo
ato de violência cometido por argelinos contra franceses, inclusive
militares. No entanto, alguns franceses, como o antigo guerrilheiro antinazi
e advogado Jacques Vergès, compararam a Resistência francesa à ocupação nazi com a
resistência argelina à ocupação francesa. Uma campanha de atentados antiárabes (1950-1953) havia sido
praticada por colonos direitistas, desencadeando, em contrapartida, a
luta lançada pela FLN em 1954, apenas dois anos antes de a França ser
obrigada a desistir do seu controle sobre a Tunísia e Marrocos. |
Caracterizou-se
por ataques de guerrilha e atos de violência contra civis - perpetrados tanto pelo
exército e colonos franceses (os "pied-noirs") quanto pela Frente
de Libertação Nacional(Front de Libération Nationale - FLN) e outros grupos
argelinos pró-independência. |
|
Senegâmbia |
França |
Numerosos reinos
africanos do Senegal reagiram contra a dominação francesa. Importa destacar a
figura de Mamadou Lamine chefe dos Soninke. Em 1880, os Soninke viviam em
parte sob dominação francesa e participavam coercivamente na construção de
estradas e de linhas de telégrafos. Este trabalho era bastante esgotante e a
precariedade das condições de vida implicava altas taxas de mortalidade. Foi
essa a origem de pretextos voltado não só contra as humilhações diárias, mas
em particular contra a dominação estrangeira. |
Os Soninke
condenavam os franceses e seus aliados africanos como Omar Penda e alguns
fazendeiros. Alguns Soninke ao serviço dos franceses aderiram ao campo de
Mamadou Lamine enquanto outros transmitiam informações aos franceses. Face ao inimigo
dotado de armamento superior, Lamine contava com a superioridade numérica e
fanatismo religioso das suas tropas, convencidas que estavam lutando por Deus
e sua pátria, (guerra santa). Derrotado em Bakel,
Lamine adopta a táctica de guerrilha, organizando um bloqueio a cidade,
ocupando todas as vias de acesso. O Capitão francês Jolly viu-se obrigado a
retirar-se. Em Julho de 1887 a
aliançaentre Gallienne e Ahmadu contra os Soninke, precipitou o fracasso da
revolta. Em Dezembro do mesmo ano, Lamine era finalmente abatido pelos
franceses, com ajuda de auxiliares africanos. |
Mamadou Lamine chefe
dos Soninke |
Tanganyika |
Alemanha |
As
resistências em Tanganyika foram motivadas pelo
estoro da guerra na
Europa, em 1914, a luta rapidamente se espalhou para as possessões coloniais
das potências europeias. |
Os povos da costa organizaram a
sua resistência contra os Alemães em volta de ABUSHIRI descendente de um dos
primeiros colonos árabes. Em 1888 as tropas de ABUSHIRI incendiaram um navio
de guerra alemão em TANGA e deram dois dias aos Alemães para abandonarem a
costa da Tanganica. Depois de Tanga as forças de ABUSHIRI atacaram Kilua,
tendo morto os dois alemães que ali estavam e depois assaltaram Bagamoyo. Em 1889 as tropas alemãs dirigidas
por Hermann Van Wissmann atacaram ABUSHIRI tendo o obrigado a
refugiar-se em UZIGUA, onde foi traído e entregue ao inimigo aos 13 de
dezembro de 1889 e enforcado em Pangane |
Hassan bin omar e Mkwawa. |
Etiópia |
Independente |
Em reação aos
avanços militares do Mahadi, em 1883, os britânicos decidiram retirar do
Sudão e das costas do Mar Vermelho as forças egípcias e inglesas. Para tanto,
pediram o apoio do Imperador Yohannes, da Etiópia. Este, em troca, pediu a
restituição dos territórios fronteiriços do Sudão e do porto de Massawa,
ocupados pelos egípcios. Os ingleses aceitaram a primeira condição, mas não a
segunda. Para Massawa, concordaram com o trânsito comercial, inclusive de
armas, mas sob a proteção britânica. Seis meses depois, em fevereiro de 1885,
os italianos ocuparam Massawa com a anuência dos britânicos, interessados em
impedir o avanço francês na costa da Somália, a partir de Obok e Djubuti. |
Confronto militar
directo. |
Imperador Yohannes |
Zimbabwe |
Inglaterra |
|
– A primeira forma
de resistência consistia em pegar em armas. Esta forma de luta foi abandonada
no final da primeira guerra mundial, pois era um recurso sem esperança e
condenado ao fracasso, pois as armas haviam sido consfiscadas em sua maior
parte e a pólvora não era encontrada. – A segunda forma
era a retirada, pois quando a situação se tornava intolerável, aldeias
inteiras abandonavam os campos e partiam para zonas situadas fora do alcance
das autoridades coloniais. – A terceira solução
forma de resistência residia nos cultos religiosos ou messiânicos fundados
pelos africanos em reacção a religião europeia. Essa revolta metafísica dos
africanos aparentemente tinha poucas raízes locais. |
|
Namíbia |
Alemanha |
Com a presença
alemã, os africanos viram expropriadas as suas terras, sendo forçados a
aceitar trabalhos a troco de baixos salários nas fazendas ou minas de ouro.
Em 1903, o governador alemão temendo uma possível rebelião por parte dos
africanos pela perda das terras, decidiu criar reservas para ao Namas e os
Hereros. Porém, essa atitude foi mal interpretada pelos nativos pois temiam a
expropriação definitiva das suas terras. Devido a interferência colonial
crescente, desencadeou-se uma resistência sucessivamente mais coesa em toda a
Namíbia. |
Tratados de
proteção; Confronto militar
directo. |
Samuel Maherero e
Hendrik Witbooi |
Moçambique |
Portugal |
Estados africanos
mais ou menos independentes ou mesmo conquistados (Barué, Manica,
Mwenemutapa, …) Prazos e
feitorias-fortalezas portuguesas (Quelimane, Sena e Tete); A presença de
Ngunis, provenientes do M'fecane; O surgimento dos
prazos da Macanga, Massingir, Maganja da Costa e Gorongosa. |
Em troca do ouro e
marfim, Barué adquirira aos mercadores portugueses e indianos armamento
suficiente para resistir; possuía, inclusive, fabriquetas de pólvora (tinha
cerca de sete mil armas modernas). Segundo Isaacman
(1979:116): «o exército de Barué era constituído por uma força de 10 000
homens, incluindo várias unidades de elite, ou ensacas, e uma numerosa guarda
nacional que era mobilizada em alturas de crise». O factor ideológico
desempenhou um papel importante na defesa de Barué. Os Baruistas acreditavam
que o espírito mediúnico de Kabudu Kagoro transformava as balas do invasor em
égua. |
Barué Mwenemutapa Maganja da Costa |
Conclusão
Terminado o trabalho temos como
conclusão o seguinte, os Espanhóis ocupavam territórios, os franceses tomaram
tuati na parte sul de Marrocos, em 1899, aqui a ocupação Francesa enfrentou uma
forte resistência dos líderes locais. Porém, a força militar dos Franceses era
enorme para derrotar a resistência em 1901.
Na tentativa de manter a sua
independência o jovem sultão de Marrocos Abel al-Aziz pediu apoio britânico e
Alemães. Estes aconselharam-no a aceitar submeter-se aos Franceses.
Mais a sul a resistência contra a
dominação dos franceses foi liderada por MULAY IDRISSE, um governador do
sultão al-Aziz.
Outro líder de resistência importante
foi o xeique americano que, entre 1909 e 1926 decretou a Jihad (guerra santa)
contra penetração espanhola em Rif-no norte Marrocos