Conflito entre as potências imperialistas
Como já vimos, no fim do século XIX as rivalidades e os conflitos entras grandes potências europeias, provocados não só pelo expansionismo territorial, mas, sobretudo crescente luta pelo poder e influência a nível mundial, aproximavam-se do ponto de ruptura, quer na Europa, quer nos territórios coloniais. As tensões acumulavam-se e sucessivos incidentes e conflitos localizados faziam prever o desencadear de um conflito de grande dimensão.
Na
Europa, para além da questão dos Balcãs, que deu mesmo origem a duas guerras
entre 1912 e 1913 (como vimos anteriormente), registaram-se outros conflitos, como,
por exemplo, a disputa entre a Franca e a Alemanha pela posse da Alsácia e
Lorena.
No
mundo, houve ainda disputas territoriais entre a Franca e a Alemanha no Norte
de África; revoltas na China contra os interesses e intervenção europeia na
política chinesa; a guerra entre o Império Russo e o Japão, provocada pela
oposição japonesa ao crescente interesse e intervenção da Rússia na sua área de
influência.
Acirra
de tudo, o sistema de alianças político-militares que tinha vindo a ser
desenvolvido desde os finais do século XIX fazia prever que, caso ocorresse um
conflito entre alguns dos países dos dois blocos, seria muito difícil evitar
que estas alianças fossem postas em prática. Se tal acontecesse, seria
praticamente impossível evitar um conflito generalizado. Parecia faltar apenas
urna pequena «faísca» para que o mundo se incendiasse. E essa faísca viria
mesmo a acender-se.