A Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
A questão da data do início dá Segunda Guerra Mundial é controversa. Para Weinberg, Gerhard L. (1995) por exemplo, este conflito começou quando o japão invadiu a China, em 1937. Para outros, deu-se aquando da invasão da Polonia pela Alemanha, a 1 de Setembro de 1939. É esta última data que permanece como aquela geralmente aceite para o início do conflito mais sangrento que o ser humano já viveu em toda a sua história. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
As causas da Segunda Guerra Mundial
Causas político-económicas
Os EUA tornaram-se numa potência mundial que defendia uma
ideologia burguesa, capitalista e liberal. No lado oposto estava a URSS, onde o
proletariado estava em expansão, que defendia uma política socialista.
A crise de 1929, que começou nos EUA e depois alastrou ao
resto do mundo, interrompeu o dinâmico processo de reconstrução da Europa
registado imediatamente após a Primeira Guerra Mundial.
As medidas para combater a crise nos países europeus, embora
tendo de ser fortes, tiveram lugar de forma natural e constitucional,
mantendo-se os regimes democráticos na Inglaterra, na França e em outros
países.
No entanto, em outros países, politicamente mais instáveis e
com oposições mais combativas, o poder foi tomado por grupos fortemente organizados
e determinados.
Estes grupos opunham-se à política instalada e viriam a
implantar regimes do tipo totalitário ou ditatorial. Daqui iria nascer uma
bipolarização do mundo em dois blocos antagónicos: de um lado, os regimes
democráticos, e do outro, os regimes autoritários ou ditatoriais.
Essa divisão iria ter também a sua expressão nos dois lados
que se viriam a defrontar na guerra: de um lado, os Aliados (que representavam,
na sua maioria, os países democráticos), e do outro, as potências do Eixo (que
integravam os regimes autoritários e ditatoriais).
Causas político-militares
O fim da Primeira Guerra Mundial transformou-se no ponto de
partida para o eclodir de novos conflitos, afirmado por BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio,
(2010). Em 1919, o Tratado de Versalhes, apesar das suas intenções de
pacificação, acabou por provocar a disseminação de um forte sentimento
nacionalista entre os países que perderam a guerra e criou terreno propício,
pela exploração dos sentimento de insatisfação da população, para a implantação
dos regimes totalitários. Alguns líderes políticos adoptaram uma política de
apaziguamento no período entre as guerras. Pacificaram-se antigo e fizeram-se
concessões para se evitar confrontos mas, em contrapartida conseguiu garantir a
paz internacional.
A Sociedade das Nações, que deveria cuidar da paz mundial, um
órgão frágil, sem reconhecimento e peso internacional totalmente.
A partir de Setembro de 1931, iniciou-se uma série de
confrontos, espalhados por vários cantos do mundo. O Japão invadiu a Manchúria e
colocou no poder um imperador por si controlado. Sendo a Manchúria território
chinês, esta invasão levaria a uma guerra entre o Japão e a China, que se
iniciou em 1935.
Em 1936, o Japão e a Alemanha assinaram um acordo, o Pacto Antikomintern
(que significa «anticomunista»), cujo objectivo principal era o combate ao
comunismo da União Soviética, evitando assim o perigo de alastramento dos
ideais comunistas a estes países. No Japão predominava uma cultura do tipo
militarista, que já vinha de muitos anos antes. Sendo o Japão um país de fracos
recursos, o seu governo considerava que a melhor forma de conseguir esses
recursos seria através de conquistas territoriais. Por isso, o Japão planeou conquistar
vários territórios na Ásia, incluindo a Coreia, a China e algumas ilhas no
oceano Pacífico. Weinberg, Gerhard L. (1995)
Porém, o Tratado de Versalhes, assinado entre os países
vencedores e vencidos da Primeira Guerra Mundial, impedia que as nações
procurassem as conquistas militares, o que deitava por terra as ambições
japonesas. Essa disposição do Tratado de Versalhes foi considerada pelos
Japoneses uma traição por parte das potências vencedoras daquela guerra, pois o
Japão ficara do lado delas. Por essa razão, o Japão decidiu aliar-se à Alemanha,
cuja política expansionista era mais ou menos semelhante à dos Japoneses,
havendo, por isso, interesses em comum.
Ainda em 1936, a Itália invadiu a Etiópia (a então chamada
Abissínia). A Sociedade das Nações quis punir a agressão, tendo mesmo imposto um
embargo económico à Itália. Mas Hitler, recusando reconhecer poderes à
Sociedade das Nações, ofereceu ajuda económica a Mussolini.
Também nesse ano, iniciou-se a Guerra Civil de Espanha, que
opunha as forças nacionalistas, comandadas por Franco, às forças republicanas,
de ideologia socialista.
Estando do lado dos nacionalistas, a Alemanha e a Itália
enviaram-lhes ajuda militar.
Os republicanos, por seu lado, receberam apoio e ajuda
militar da União Soviética. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Causas sociais e ideológicas
Como vimos, as condições impostas pelo Tratado aos países
perdedores foram consideradas por estes demasiado severas e isso criou as bases
para o crescimento dos movimentos totalitaristas nazi e fascista, que
aproveitaram as vagas de descontentamento da população. A Alemanha foi o país
que recebeu a punição mais dura, pois sofreu grandes perdas de território e foi
obrigada ao pagamento de pesadas multas, o que foi sentido pela população como
uma humilhação ao povo alemão. Também na Itália os sentimentos de insatisfação
pela situação italiana no pós-guerra criaram terreno propício ao crescimento do
fascismo.
O alegado combate aos ideais comunistas contribuiu para a
implantação e crescimento dos regimes totalitários e ditatoriais nos países
europeus e no Japão: o receio da disseminação do comunismo por entre a classe
trabalhadora fez com que a classe dos industriais e a burguesia tivessem
aderido e apoiado os movimentos totalitários, que conquistaram e aglutinaram,
assim, quer os receios da população burguesa, quer a insatisfação das faixas
mais pobres da população, criando desse modo uma ampla base de apoio popular,
que lhes permitiu iniciar um plano de expansão e ofensiva bélica.
Adolfo Hitler queria suprimir as liberdades e os direitos individuais
e perseguir as ideologias liberais, socialistas e comunistas. Pretendia, ainda,
criar uma «nova ordem» na Europa baseada nos princípios nazis, os quais
defendiam a superioridade germânica e a exclusão de algumas minorias étnicas e
religiosas. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Antecedentes da Segunda Guerra Mundial
Entre o final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e o início
da Segunda Guerra Mundial, em 1939, viveu-se um pouco por todo o mundo um
período de agitação provocada pela crise económica, o que gerou tensões sociais
e políticas um pouco por todos os continentes.
Em 1929, como vimos, deu-se a Grande Depressão económica, que
levou, por várias razões, alguns países a adoptarem regimes ditatoriais, tais
como o nazismo, na Alemanha (com Hitler), o fascismo, na Itália (com
Mussolini), ou o corporativismo (também chamado de salazarismo, com Salazar) em
Portugal, segundo Carrilho, Maria; Rosas, Fernando; Barros, Júlia; Neves, Mário;
Oliveira, José Manuel; Matos-Cruz, José; 1989.
Por outro lado, a ambição imperialista da Alemanha e da
Itália levou estes países a entrarem em conflito com outros por causa do
domínio de certas regiões.
A Sociedade das Nações, criada com o Tratado de Versalhes
para evitar novos conflitos entre os países, revelou-se incapaz de evitar não
só conflitos, como também ocupações territoriais. Desde o início da década de
1930 que alguns acontecimentos tornaram visíveis as dificuldades e fragilidades
deste organismo.
Vejamos alguns exemplos:
·
A invasão da Manchúria (na China) pelo Japão, em 1931. A
Sociedade das Nações condenou esta acção, o que levou o Japão, irritado, a
abandonar aquela sociedade, em 1933;
·
A ocupação da Abissínia (Etiópia) pela Itália, em 1935;
·
A entrada deliberada da Itália e da Alemanha na Guerra Civil
de Espanha, entre 1936 e 1939, ajudando as tropas nacionalistas de carácter
fascista comandadas pelo general Franco;
·
O facto de os Alemães nunca terem aceite de bom grado as
condições do Tratado de Versalhes, considerado humilhante para a Alemanha.
Um dos grandes objectivos de Hitler, na Alemanha, era
restituir ao país o seu antigo poderio económico e militar e mostrar ao mundo a
superioridade da raça germânica (ariana).
É importante salientar que, para atingir tais objectivos,
isso só seria possível à custa das armas, através da conquista de outros
territórios. Deste modo, Hitler procedeu, por volta de 1935, ao rearmamento do
exército alemão, contrariando os pressupostos do Tratado de Versalhes.
Em 1936, a Alemanha celebrou alianças com a Itália e com o Japão,
surgindo assim a designação de Eixo para identificar estes três países (as
potências do Eixo Roma-Berlim-Tóquio).
Em 1938, a Alemanha anexou a Áustria e invadiu a região dos
Sudetas, na Checoslováquia (cuja maioria populacional tinha origem alemã). Poucos
meses depois, a Alemanha invadiu o resto da Checoslováquia. Tudo isto perante a
passividade da Sociedade das Nações, que nada fez para o impedir, até porque
também não tinha meios para isso. Apesar de todos estes actos de agressão, foi
celebrado um pacto de não-agressão entre a Alemanha, a Inglaterra e a França,
que garantia que nenhum destes países abriria um conflito com os outros. Esse
tratado, porém, não viria a ser cumprido.
A Leste, a Rússia, temendo uma possível invasão pela
Alemanha, também assinou com esta um pacto de não-agressão, que previa, no
futuro, a partilha do território da Polónia e dos países bálticos entre a
Alemanha e a URSS. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
O Decurso e as Fases da Segunda Guerra Mundial
Primeira fase: as vitórias do Eixo (1939-1941)
O expansionismo dos regimes autoritários, da Alemanha e
Itália na Europa e em Africa e do Japão na Asia, teve o seu início na década de
1930. O expansionismo demonstrado por estas nações esteve na origem de uma
série de acordos internacionais, através dos quais se definiram as forças e as
alianças que se iriam defrontar na Segunda Guerra Mundial, O Tratado do Eixo
foi assinado em 1936, entre a Itália e a Alemanha (tendo sido confirmado, em
1939, pelo Pacto de Aço, aliança militar italo-alemã), e o Pacto Antikomintern,
entre a Alemanha e o Japão, que formaria o eixo Berlim-Tóquio, e que também foi
assinado nesse ano.
Do outro lado da Europa, a União Soviética atacou a Finlândia
e, a norte, Hitler invadiu a Dinamarca e a Noruega. Nesta primeira fase da
guerra e no espaço de apenas um ano, Hitler conquistou uma grande parte da
Europa, através da estratégia da Blitzkrieg (Guerra-Relâmpago), tendo resultado
numa série de fortes vitórias alemãs sobre os Aliados.
Hitler começou a sua conquista da Europa com uma ofensiva
sobre a Polónia, como já vimos, em Setembro de 1939, e de seguida colunas de
tropas alemãs invadiram a Holanda e a Bélgica. Posteriormente, invadiram a
França pelo lado mais a norte, onde não tinha chegado a Linha Maginot. Logo em
Junho, a França caiu em poder dos Alemães, sendo obrigada a assinar uma
rendição incondicional.
No mesmo período, a Itália declarou guerra à França, que já
estava praticamente vencida. Depois da capitulação da França, a Alemanha
virou-se para a sua outra grande inimiga, a Inglaterra, submetendo-a a
terríveis bombardeamentos aéreos ininterruptos durante meses a fio. No entanto,
esses bombardeamentos não surtiram efeito.
Em 1941, a Alemanha interrompeu a suposta amizade com a União
Soviética, invadindo-a no mês de Junho. No mês de Dezembro, foi a vez do Japão
atacar de surpresa uma base naval americana no Havai (Pearl Harbour — Porto de
Pérolas), no oceano Pacífico. Isto levou à entrada dos EUA na guerra: contra o
Japão, no Pacífico, e contra a Alemanha, na Europa. O mundo estava em guerra. BICÁ,
Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Segunda fase: generalização do conflito e equilíbrio de forças
(194.1-1942)
Com os Aliados praticamente vencidos, três acontecimentos
vieram alargar as dimensões do conflito e equilibrar as forças em presença:
·
A guerra germano-soviética, que obrigou os Alemães a
dividirem os seus exércitos em duas frentes;
·
A entrada dos EUA na guerra, na sequência do ataque japonês a
Pearl Harbour em Dezembro de 1941;
·
As conquistas japonesas no Pacífico, salientando-se os
diversos bombardeamentos contra a frota aeronaval americana no Havai de
Dezembro de 1941 a Maio de 1942.
Terceira fase: contra-ofensiva e vitória dos Aliados (1943-1945)
Em 1943, vários factores marcaram o início da viragem da
guerra:
·
Após a batalha de Estalinegrado, os Alemães começaram a bater
em retirada dos territórios soviéticos, pois não tinham capacidade para
controlar um território
·
Tão vasto, nem para aguentar as péssimas condições do clima;
·
As vitórias inglesas contra os submarinos alemães;
·
A ofensiva anglo-americana no Norte de África;
·
O desembarque anglo-franco-americano na Itália (que levará à
destituição de Mussolini e à rendição da Itália, em Junho de 1944).
Em 6 de Junho de 1944 (data que ficou conhecida por Dia D),
um grande contingente de tropas Aliadas desembarcou de forma determinada nas
praias francesas da Normandia. A partir dessa invasão, foram avançando de forma
rápida, até conseguirem libertar Paris, em Agosto desse mesmo ano.
No Inverno de 1944 deu-se a batalha das Ardenas (território
entre a França e a Alemanha), na qual os Alemães resistiram fortemente à
ofensiva aliada, mas sem sucesso. Finalmente, em Março de 1945, foi lançada a
ofensiva final contra a Alemanha, que conduziria à derrota de Hitler (que se
suicidou) e à rendição incondicional dos generais alemães que tinham
sobrevivido. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Acordos da Guerra
Costa, Sérgio Correa
da, (2004), em 1944, a guerra no continente asiático começava a efectuar-se
com mais lentidão, com a conquista, por parte dos Japoneses, de novos
territórios. Em Março desse ano, os Japoneses ocuparam a Birmânia e desferiram
um ataque contra a Índia.
Porém, devido às dificuldades logísticas em manter uma guerra
num território tão vasto, aqueles acabaram derrotados na região indiana de
Impanhal.
A guerra sino-japonesa fez enormes baixas de ambos os lados.
Os exércitos nacionalistas chineses atacavam as tropas japonesas em pequenas
escaramuças com o objectivo de fixarem-se e desgastarem o inimigo, apesar de
estarem cientes que eram absolutamente inferiores em termos militares e de
estratégia. O governo de Chiang Kai-Shek, líder político e militar das forças
chinesas, após sete meses de grande resistência, adoptou a política de «vender
espaço para ganhar tempo», levando os chineses a renunciarem, de propósito, a
enormes extensões territoriais.
As tropas nacionalistas chinesas recuavam, mas ao mesmo tempo
dedicavam-se a uma nova táctica, a qual consistia na destruição sistemática das
infra-estruturas rurais e urbanas das regiões que seriam ocupadas pelos
invasores: destruíram diques no rio Amarelo, o que provocou a inundação de
milhares de quilómetros quadrados de terras aráveis, arruinando por muitos anos
as propriedades camponesas. Estas tácticas dificultavam bastante o avanço dos
Japoneses, o que os levou a atrasos consideráveis nos objectivos que tinham
inicialmente traçado.
Ainda no ano de 1944, o império japonês chegou mesmo a tomar
grande parte do Sul da China Central, ao atacar a região de Ichi Go,
estabelecendo uma ligação terrestre com a Indochina. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio,
(2010)
A criação da Organização das Nações Unidas (ONU)
A Sociedade das Nações (SDN) foi uma organização que teve
como objectivo primário manter a paz. Porém, tendo-se mostrado incapaz de fazer
cumprir tais objectivos, foi ignorada a partir de 1939, tendo sido dissolvida
oficialmente em 1946.
Foi na Conferência de Taita (conferência que assinalou o
final da guerra) que nasceu a ideia da necessidade de estabelecimento dum amplo
sistema de segurança e que se chegou a um acordo definitivo para a convocação
de uma conferência, nos EUA, com o objectivo de criar a Organização das Nações Unidas
(ONU).
Essa conferência veio a realizar-se na cidade de São
Francisco, em 1945, tendo estado presentes 51 Estados Aliados. Nessa reunião
foi aprovada a carta que daria origem à ONU, no dia 24 de Outubro desse ano. A
sua sede foi estabelecida em Nova Iorque, onde hoje em dia continua a
localizar-se. BICÁ, Firoza, MAHILENE, Ilídio, (2010)
Princípios e objectivos da ONU
·
Manter a paz e a segurança internacionais, através do
desenvolvimento de relações amigáveis entre as nações.
·
Efectivar a cooperação internacional no sentido de resolver
os problemas de ordem económica, social, cultural e humanitária.
·
Coordenar os esforços das nações para fins comuns;
·
Desenvolver o respeito pelos Direitos do Homem e pelas suas
liberdades fundamentais.
Instituições de Bretton Woods
Acordo de Bretton Woods ou ainda é o nome com que ficou
conhecida uma série de disposições acertadas por cerca de 45 países aliados em
julho de 1944, na mesma cidade norte-americana que deu nome ao acordo, no
estado de New Hampshire, no hotel Mount Washington. O objetivo de tal concerto
de nações era definir os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a
Segunda Guerra Mundial.
O sistema financeiro que surgiria de Bretton Woods seria
amplamente favorável aos Estados Unidos, que dali em diante teria o controle de
fato de boa parte da economia mundial bem como de todo o seu sistema de
distribuição de capitais. Os Estados Unidos finalmente tomavam as rédeas das
finanças mundiais, manobra que se recusaram a executar por pelo menos cerca de
25 anos, devido a princípios da política externa do país, que advogava o
não-envolvimento em questões político-económicas sensíveis às nações europeias.
O primeiro passo para tal hegemonia estava na transformação
do dólar como moeda forte do setor financeiro mundial e fator de referência para
as moedas dos outros 44 signatários de Bretton Woods. Isso equivale dizer que
todas as outras moedas passariam a estar ligadas ao dólar, originalmente
variando em uma margem de no máximo 1% (positivamente ou negativamente). Para
dar sustento essa força dólar em escala mundial, a moeda estaria ligada ao ouro
a 35 dólares, o que permitia ao portador de dólares (em teoria; na prática,
pouco funcional) transformar as notas de dólares que qualquer cidadão
carregasse no bolso, em qualquer parte do mundo, no seu equivalente em ouro, de
acordo com o estipulado em Bretton Woods. Evidentemente, tal conta seria
impossível de se sustentar, mesmo com uma emissão de moeda extremamente
controlada (como aconteceu na realidade), servindo todo conceito mais como uma
propaganda de consolidação do dólar em escala mundial.
O acordo ainda previa a não menos importante criação de
instituições financeiras mundiais que se encarregariam de dar o sustento
necessário ao modelo que estava sendo criado, que seriam: "Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento", mais tarde renomeado
para Banco Mundial, que funciona até hoje como uma espécie de Agência de
Crédito tamanho família, destinada a fornecer capitais para políticas e
projetos de desenvolvimento no mundo todo. Além desta seria criado o FMI (Fundo
Monetário Internacional), uma espécie de "caixinha" de todos os
países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de
injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de
disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo. Churchill,
Winston (1948-53)
Conclusão
Após um longo período de
combate entre Eixo e Aliança, a Segunda Guerra chegou ao fim apenas no ano de
1945 quando Itália e Alemanha se renderam. O Japão, último país a assinar o
tratado de rendição sofreu um ataque nuclear lançado pelos Estados Unidos onde
uma bomba atômica explodiu na cidade de Hiroshima dizimando um grande número de
cidadãos japoneses inocentes.
O regime nazista foi
responsável pela morte de cerca de 2 milhões de poloneses, 4 milhões de pessoas
com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e um número exorbitante
de 6 milhões de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os
danos materiais também foram muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e
outras envolvidas destruindo cidades inteiras e a vida de milhares de cidadãos.
O pagamento de uma indenização para reconstrução das nações derrotadas foi
determinado pelos Aliados assim como uma indenização aos países vitoriosos,
assinada no Tratado de Paz de Paris.
Ao final da guerra foi
criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha o propósito de manter a
paz entre as nações resolvendo os conflitos de forma pacífica e ajudar as
vítimas da Segunda Guerra.