Sistema Esquelético

 É responsável pelo suporte e conformação do corpo, além de promover a proteção de órgãos como o coração, os pulmões, o sistema nervoso central. Realiza a produção de células sanguíneas no organismo e armazena íons de cálcio e fósforo. Durante a gravidez, ocorre reabsorção de cálcio e fósforo do organismo materno para garantir a calcificação fetal.

Por estar associado aos músculos esqueléticos, tem também a função de movimento. 

O esqueleto humano pesa cerca de 1/6 do peso do corpo e é formado por 206 ossos, no indivíduo adulto. Este número varia se levarmos em consideração diversos fatores, como: 

•fatores etários: do nascimento à senilidade há uma diminuição do número de ossos. Certos ossos, no recém-nascido, são formados de partes que se soldam durante o desenvolvimento e constituem um osso único. Exemplo: fechamento de fontanelas (osso frontal), o osso do quadril no feto (divididos em três partesísquio, pube e ílio);

•fatores individuais: em alguns indivíduos, pode haver persistência da divisão do osso frontal no adulto e ossos extranumerários podem ocorrer, determinando, assim, a variação no número de ossos; 

•critérios de contagem: os anatomistas utilizam, às vezes, critérios muito pessoais para realizar a contagem do número de ossos, explicando, assim, as divergências de resultados.

 Os ossos que compõem o esqueleto humano são ricos em cálcio e fósforo, dando ao esqueleto muita resistência. Apesar de resistentes, eles podem se quebrar, caso sofram pancadas ou choques. Quando fraturados, os ossos têm a capacidade de regenerar-se, voltando a ser como antes. 

Como se divide o esqueleto humano?

O esqueleto humano é constituído de um esqueleto axial, composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco e de um esqueleto apendicular que forma os membros superiores e inferiores. A união entre as porções axiais e apendiculares se faz por meio de cinturas. A cintura pode ser escapular (união torácica, constituída por escápula e clavícula) e pélvica, popularmente conhecida como bacia (é a parte do esqueleto que une os membros inferiores ao tronco, formada pelo sacro, um par de ossos ilíacos e pelo cóccix).

A cabeça é constituída pela face e pelo crânio, que é uma caixa sólida que protege o encéfalo.

 O tronco é o eixo corporal no qual se articulam a cabeça e os membros. 

É formado pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo esterno.

 O tronco e a cabeça formam o esqueleto axial. A caixa torácica protege o coração e os pulmões e é formada pelas costelas e pelo esterno.

 A coluna vertebral é formada por 33 ossos que chamamos vértebras. 

Ossos do Membro superior 

•São constituídos por braço, antebraço, pulso e mão. 

•O osso do braço é o úmero que se articula no cotovelo, com os ossos do antebraço: o rádio e a ulna. 

•O pulso é formado por ossos pequenos e maciços, os carpos. 

A palma da mão é formada pelos metacarpos e os dedos pelas falanges. 

Ossos do membro inferior 

•É constituído por coxa, perna, tornozelo e pé. 

•O osso que forma a coxa, considerado o maior do corpo humano, é o fêmur, o mais longo do corpo. 

•O joelho e o fêmur articulam-se com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula. 

•O pé é formado por ossos pequenos e maciços, os tarsos, os metatarsos e os dedos formado por três partes: falange, falanginha e falangeta.

Classificação dos Ossos 

A classificação dos ossos é feita de acordo com as suas dimensões e aspectos morfológicos. 

Podem ser: longos, curtos, chatos, irregulares, pneumáticos e sesamoides. Ossos longos – aqueles cujo comprimento excede a largura e a espessura. Exemplos: fêmur, tíbia, falanges, úmero etc. 

O corpo de um osso longo é chamado de diáfise e em seu interior há o canal medular que aloja a medula óssea. As duas extremidades dos ossos longos são chamadas de epífises.

Ossos curtos – as principais dimensões são aproximadamente iguais, não sobressaindo nenhuma medida sobre as outras. Estes ossos encontram-se nas mãos e nos pés. 

Ossos chatos – possuem comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Exemplos: ossos do crânio, tais como o parietal, o frontal etc. São achatados, delgados e semelhantes a uma placa. 

Ossos irregulares – de morfologia complexa, não encontram correspondência em formas geométricas mais comuns. Exemplos: o osso temporal, as vértebras etc. 

Ossos pneumáticos – possuem cavidades com formas e volumes variados, revestidas por mucosa e contém ar no seu interior. Estas cavidades são chamadas de seios. Esses ossos situam-se, comumente, no crânio. Exemplo: osso frontal e maxilar. 

Ossos sesamoides - pequenos nódulos ossificados que se inserem nos tendões.  

Podem ser, dependendo da sua localização, do tipo intradíneos (tendões) ou periarticulares, por exemplo, patela.

Os elementos que constituem o tecido ósseo são basicamente os mesmos, porém eles possuem diferenças significativas quando levamos em consideração o seu aspecto morfológico. Na substância óssea compacta não há espaço entre as lamínulas, que são moléculas nas quais se encontram fortemente unidas umas às outras, dando uma característica ao osso de ser uma estrutura mais densa e rígida. Nas substancias ósseas esponjosas encontram-se espaços entre as lamínulas, que são mais irregulares, na estrutura e no tamanho, permitindo que se comunique entre si e, por isso possibilita a medula óssea se alojar no interior do osso compacto e nas lacunas do osso esponjoso.

Vocês sabem como é feita a união entre os ossos?

Através de articulações, tem-se a união entre os ossos para constituir o esqueleto, além de permitir a mobilidade. Dependendo do tipo de união, haverá maior ou menor possibilidade de movimento. 

As articulações podem ser fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. 

A maioria das articulações fibrosas se encontram no crânio. A mobilidade nestas junturas é bastante reduzida, embora o tecido conjuntivo interposto confira uma certa elasticidade ao crânio. As articulações do tipo cartilaginosas possuem também mobilidade reduzida e o tecido que se interpõe é o cartilaginoso. Já as do tipo sinoviais, possuem variados graus de mobilidade; os meios de união entre as peças esqueléticas não se prendem às superfícies de articulação, o principal meio de união é representado pela cápsula articular, que é uma espécie de manguito que envolve a articulação (DANGELO; FATTINI, 2007). 

Adiante teremos uma abordagem sobre a articulação temporomandibular que é a única móvel da face e a de maior interesse para a área odontológica.

O Crescimento dos Ossos

O processo de desenvolvimento ósseo envolve o crescimento em duas dimensões: comprimento e largura. O crescimento em comprimento se faz por intermédio das zonas cartilagíneas existentes nos ossos. Essas zonas, à medida que vão crescendo, vão-se ossificando. 

O crescimento em largura é resultado da deposição de sucessivas camadas concêntricas de tecido ósseo, originadas pelo periósteo (membrana que envolve o osso). 

A remodelação óssea é o mecanismo celular de reabsorção e formação óssea. Nos tecidos ósseos a reabsorção é feita pelas células chamadas de osteoclastos e a formação pelos osteoblastos. A perda da massa óssea caracteriza a osteoporose e ocorre quando há o desequilíbrio entre a destruição de osso “velho” e a formação de osso “novo”. 

No homem, há um equilíbrio entre a quantidade de osso reabsorvido e formado até, aproximadamente, 30 anos de idade. A partir daí, começa um lento e progressivo desequilíbrio que acabará em perda de massa óssea, já que a quantidade de osso formado será menor que a quantidade de osso reabsorvido.

Curiosidade

Você sabia que, em uma fratura, a reparação óssea é devida essencialmente à atividade do periósteo?

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