Metodologia de Investigação
Metodologia de Investigação
As técnicas de recolha de dados são os
procedimentos que servem de medição prática para a realização das pesquisas.
Para a materialização da presente pesquisa usou-se as seguintes técnicas de
recolha de dados:
(i)
Pesquisa bibliográfica, que
procura explicar e discutir um tema ou um problema com base em referências
teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e outros (Martins e Lintz,
2000).
(ii)
Utiliza-se de dados ou de
categorias teóricas já trabalhados por outros pesquisadores e devidamente
registados, o pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos
estudos analíticos constantes dos textos (Severino, 2007).
1.
Desenho de um Plano de Incentivos
Segundo Chiavenato (2004), a Administração Científica baseava-se na
concepção do homo economicus, no qual o homem é motivado somente pela busca do
dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho. Mayo, citado
por Chiavenato (2004, p.116), propôs uma nova teoria da motivação: "o ser
humano é motivado, não por estímulos salariais e econômicos, mas por
recompensas sociais e simbólicas".
O incentivo financeiro não deve ser abordado como o mais importante, único
fator da motivação do trabalho, segundo Lopes (1980, p.80), "na área da
administração ou gerência de pessoal, cresce de importância o planejamento, a
implantação, o controle e a contínua avaliação de planos de pagamento, que
levem em conta todas as variáveis envolvidas, a fim de possibilitar à
organização o recrutamento e a manutenção de pessoal capaz e permanentemente
motivado".
As pessoas motivadas a ter certo
comportamento para satisfazer suas necessidades pessoais. Sendo assim, na organização,
a motivação é o processo de fornecer aos seus integrantes a oportunidade de
satisfazer suas necessidades de ativar um comportamento produtivo dentro da
organização. Os gerentes não motivam as pessoas, mas criam ambientes em que
seus membros se motivem mutuamente (CERTO, 2003).
Segundo Robbins e Coulter (1998),
Bernardes e Marcondes (2003), Certo (2003) e Chiavenato (2004), Maslow
apresentou uma teoria motivacional na qual as necessidades humanas estão
organizadas em uma hierarquia de importância, a ordem que os indivíduos
geralmente procuram satisfazê-las. Na base estão as necessidades mais baixas –
fisiológicas - e no topo, as necessidades mais elevadas - auto-realização.
O incentivo, seja material ou emocional, é intensamente aplicado nas
organizações para conseguirem de seus funcionários, maior empenho em suas
tarefas e um consequente desempenho melhor em busca dos objetivos
organizacionais. É importante ao administrador ter conhecimento sobre como
ocorre a motivação e o incentivo no indivíduo para que possa aplicar uma
política de incentivos que realmente sensibilize seus funcionários.
O autor ainda determina que todo um
conjunto de estimulação para vários sistemas de incentivo, age simultaneamente
e constantemente sobre a pessoa. Para que a entidade consiga ter continuidade
operacional, assim proporcionando o alcance dos seus objetivos de atendimento à
sociedade, é necessário que o seu desempenho seja avaliado constantemente pela
qualidade com que ela se insere na sociedade ou economia à qual esta integrada.
A qualidade nas organizações é um fator necessário aos processos e resultados
empresariais.
Os Planos de incentivos são
elaborados nas organizações para recompensar os empregados que apresentam um
bom desempenho, ou que se destacam pela qualidade ou comprometimento em seu
trabalho, e podem ser concedidos de várias formas, como bônus ou participação
nos resultados das empresas. Outras formas de benefícios, como licenças
remuneradas, prêmios, reconhecimento público, etc. Também funcionam como forte
aliado das empresas na manutenção da motivação, incentivando os trabalhadores
premiados pelos incentivos e levando os demais a uma postura pró-ativa na busca
de resultados.
Chiavenato (2004, p. 329), lembra
que Os principais Planos de Incentivo utilizados no mercado são:
a)
Plano de bonificação anual: compreende um valor monetário
oferecido ao final de cada ano a determinados colaboradores como resultado de
sua contribuição para o desempenho da organização. Esse desempenho geralmente é
medido através de indicadores como lucratividade, produtividade, aumento na
participação no mercado etc. Esses bônus geralmente não integram o salário;
b)
Distribuição de ações da empresa aos colaboradores:
essa distribuição é feita de forma gratuita para determinados colaboradores e é
uma forma de compensação parecida com a remuneração flexível. Os bônus em
dinheiro são substituídos por papéis da empresa;
c)
Opção de compra de ações da organização: é a
oferta de ações que são vendidas por preço subsidiado ou transferidas aos
colaboradores conforme certos critérios. O objetivo é transformar o empregado -
o principal parceiro da empresa - em um acionista por sua própria conta, porém
com a ajuda da organização;
d)
Participação nos resultados alcançados:
esse tipo de incentivo está relacionado com o desempenho do empregado no
alcance das metas e resultados estabelecidos pela empresa para um determinado
período de tempo. A participação nos resultados é uma percentagem ou fatia de
valor com que cada colaborador participa dos resultados da organização como um
todo ou do departamento que o mesmo ajudou a atingir as metas através do seu
trabalho pessoal ou de equipe;
e)
Remuneração por competência: é o incentivo recebido pelo
empregado relacionado com o grau de informação e o nível de capacitação de cada
colaborador. É a remuneração flexível que premia certas habilidades técnicas ou
competências necessárias para o sucesso da organização;
f)
Distribuição do lucro aos colaboradores: a
participação nos lucros e resultados (PLR) é legalmente regulamentada e
significa a distribuição anual de uma parcela dos lucros da organização entre
seus colaboradores."
g)
Remuneração variável: é um conjunto de planos coletivos
de remuneração que vinculam o pagamento à produtividade ou outro indicador de
lucratividade da empresa; o pagamento, nesse caso, não se torna parte
integrante do salário básico do funcionário.
h)
Remuneração por habilidades: é mais empregada ao nível operacional
e é determinada pela formação e capacitação dos funcionários, onde desloca o
foco do cargo ou função para o indivíduo, onde as habilidades ou os blocos de
habilidades passam a determinar a base da remuneração.
i)
Planos privados de aposentadoria: Esta contribui para a valorização
do compromisso de longo prazo entre empresa e empregados, onde o crescimento
dos fundos de pensão relaciona-se diretamente à disseminação dos sistemas de
previdência privada.
Os planos devem ser idealizados e
planejados dependendo da contingência de cada organização e devem estabelecer
padrões de desempenho e mensurados periodicamente para receber direcionamentos
e ajustes necessários para garantir que as metas sejam alcançadas.
Remuneração
é o pacote de recompensas
quantificáveis que um empregado recebe pelo seu trabalho. Inclui três (3)
componentes: remuneração básica, incentivos salariais e remuneração indirecta
ou benefícios.
Segundo Chiavenato (1999), na maioria
das organizações, o principal componente da remuneração total é a remuneração
básica, que é o pagamento fixo que o funcionário recebe de maneira regular na
forma de salário mensal ou na forma de salário por hora. O segundo componente da
remuneração total são os incentivos salariais, que são programas desenhados
para recompensar funcionários com bom desempenho.
Milkovich (2006) conclui que os
objetivos dos sistemas de remuneração são motivar comportamentos produtivos e
controlar os custos trabalhistas, ao mesmo tempo em que busca a satisfação das
necessidades e do sentimento de justiça dos empregados.
Se conhece por benefícios aquelas
facilidades, conveniências ou vantagens que um colaborador recebe da empresa,
no sentido de causar estímulos para que estes se sintam mais motivados. Podendo
ser financiados parcialmente ou totalmente pela empresa.
Os serviços e benefícios sociais têm a
história recente e estão intimamente relacionados com a gradativa
conscientização da responsabilidade social da organização. As origens e o
crescimento acelerado dos planos de serviços e benefícios sociais devem-se aos
seguintes fatores:
ü
Exigências dos empregados quanto
aos benefícios sociais;
ü
Exigências dos sindicatos e das
negociações coletivas;
ü
Legislação trabalhista e
previdenciária imposta pelo governo;
ü
Competição entre as organizações
na disputa pelos recursos humanos disponíveis, seja para atraí-los ou para
mantê-los;
É importante saber que o plano de benefícios geralmente são desenhados
e planejados para auxiliar o colaborador em três áreas de sua vida:
ü No exercício do cargo (como gratificações, seguro de vida, prêmios de
produção etc.);
ü Fora do cargo, mas dentro da organização (lazer, refeitório, cantina,
transporte etc.);
ü Fora da empresa, ou seja, na comunidade (recreação, atividades
comunitárias etc.);
Benefícios legais: são os benefícios
exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária, ou ainda, por convenção
coletiva entre sindicatos, tais como: 13° salário, férias, aposentadoria, horas
extras etc.
Benefícios espontâneos: são os benefícios
concedidos por liberdade das organizações já que não são exigidos por lei, nem
por negociação coletiva, como exemplo gratificações, transporte, refeição etc.
Benefícios Monetários: são os benefícios
concedidos em dinheiro. Geralmente através de folha de pagamento e gerando
encargos sociais deles decorrentes, tais como: 13° Salário, férias
gratificações, aposentadoria etc.
Benefícios não-monetários: são os
benefícios oferecidos na forma de serviços, ou vantagens, ou facilidades para
os usuários. Dentre eles, relatórios, assistência médico-hospitalar e
odontológica, entre outras.
Os benefícios procuram trazer vantagens tanto à organização como ao
colaborador, com extensão à comunidade.
Em resumo, os planos de benefícios sociais estão geralmente apontados a
certos objetivos. Os objetivos referem-se às expectativas de curto e longo
prazo da organização em relação aos resultados dos planos. Quase sempre, os
objetivos básicos dos planos de benefícios sociais são:
ü Melhoria de qualidade de vida dos colaboradores;
ü
Melhoria do clima organizacional;
ü
Redução da rotação de pessoal e do
absenteísmo;
ü
Facilidade na atração e na
manutenção de recursos humanos;
ü Aumento de produtividade em geral
Plano de Carreira é uma estrutura
adoptada por muitas organizações com o objectivo de tornar claro para os seus
funcionários as oportunidades de crescimento que a empresa oferece,
motivando-os a se desenvolver, e, com isso, colaborar com o crescimento da
organização.
Segundo o Leite e Queiroz o plano de carreira (PC) é a parte tangível do
processo de gestão de carreira, que possibilita ao empregado conhecer os
requisitos, atribuições, competências do cargo e as formas de ascensão. No
entanto o plano de carreira é um documento que possui diversas finalidades, em
destaque a função de instruir as organizações e, principalmente ao
colaboradores que gerem suas carreiras de forma que traga benefícios para
ambos.
A essência do plano de carreira
consiste em dar rumo a vida profissional de cada colaborador. Planejando cada
passo a ser desenvolvido pelo mesmo e como desenvolver, porem se o plano de
carreira não for elaborado de forma eficaz de nada valera, pois ao invés de dar
rumo para o profissional ele acaba fazendo contrario. Para que isso não ocorra
o colaborador e a organização tem que ter plena consciência de quais são suas
metas e objectivos a serem alcançados.
Traçar metas, criar, planejar, pensar e
repensar para criar um plano de carreira de forma que lhe proporcione uma boa
ascensão profissional.
Para se elaborar um plano de carreira
eficiente tem que tomar em consideração as seguintes metodologias:
ü Analise do mercado actual e futuro;
ü
Estabelecimento da visão;
ü
Estabelecimento de valores
pessoais;
ü
Identificação de oportunidades e
ameaças;
ü
Debates de cenários
ü
Analise de vocação profissional;
ü
Analise de capacitação
profissional;
ü
Estabelecimento de missão e dos
focos de actuação;
ü
Analise dos concorrentes;
ü Estabelecimento da postura estratégica, etc.