As gerações no mercado de trabalho

 Neste capítulo você conhecerá as gerações que atuam no mercado de trabalho atual e também o perfil de

cada geração no empreendedorismo.

Para entender o que determina o comportamento empreendedor, você precisa conhecer como o contexto

histórico-econômico influencia o perfil das pessoas e, obviamente, dos empreendedores.

Os cenários social, econômico, financeiro e educacional costumam deixar suas marcas no comportamento

das gerações e dos empreendedores. Veja, a seguir, qual é o perfil das gerações atuantes no empreendedorismo atual:

A geração que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, entre a década de 1940 e a metade dos anos

1960, ficou conhecida como Baby Boomer. Quem nasceu entre a metade dos anos 1960 e o final dos

anos 1970 faz parte da geração X. Essas duas gerações têm um ponto em comum: costumam valorizar

a estabilidade financeira e profissional, o que pode ser explicado pela instabilidade vivida por seus pais.

Já as pessoas que nasceram entre o final dos anos 1970 e o começo dos anos 1990 representam a geração Y. Ao contrário das gerações Baby Boomer e X, os representantes da geração Y se preocupam menos com a estabilidade financeira. Em compensação, buscam no trabalho uma fonte de satisfação e de

aprendizagem.

Aqueles que nasceram entre os anos de 1990 e 2010 formam a geração Z, que é marcada pelo avanço

tecnológico: internet, celular, tablet, as mídias sociais e até o selfie. As principais características dessa geração são o imediatismo e a pouca paciência: é bem difícil para eles esperar pelo resultado de suas ações.

Esses perfis convivem no mercado de trabalho. Se você observar exemplos deles no seu dia a dia, perceberá

que existem comportamentos diferentes em cada geração. Cada uma delas acaba abordando os mesmos

problemas de uma forma diferente. E o mais interessante é que esses comportamentos se complementam.

Dos 45 milhões de brasileiros que são empreendedores, quase 40% têm entre 18 e 34 anos, ou seja, quatro

em cada dez empreendedores são das gerações Y e Z. E tem mais: na universidade, seis em cada dez jovens

querem empreender e um destes já é empreendedor.

Será que as gerações Y e Z têm mais predisposição para o empreendedorismo? Isso parece ser verdade, mas

a pergunta mais importante é: quais comportamentos favorecem o empreendedorismo?

A capacidade de correr riscos e a autoconfiança são duas características muito marcantes nos jovens dessas gerações que se aventuram na atividade empreendedora. Porém, esse comportamento não é tudo!

Um empreendedor precisa saber calcular bem os riscos, estabelecer metas e planejar os passos, além de

ser persistente. E as gerações Baby Boomer e X possuem esses comportamentos de uma forma muito mais

destacada. Pode-se dizer que essas gerações se lançam para o que almejam e para o que escolhem fazer,

sem abrir mão do paraquedas.

Olhando por esses aspectos, você pode perceber que, independentemente da geração, todos têm alguma

característica empreendedora.

E você? Já pensou em identificar seus pontos fortes e fracos antes de abrir seu próprio negócio?

Isso é importante para tentar aprimorar o que você tem de melhor e solucionar suas fragilidades. Se preferir, ao

identificar seus pontos fortes e fracos, você pode até buscar um parceiro que complemente suas habilidades.

Para descobrir quais são seus pontos fortes e fracos, você precisa fazer perguntas para você mesmo, para

seus amigos, familiares, empregados ou colegas de trabalho:

• O que é que você faz bem?

• O que você faz que lhe deixa alegre, feliz?

Quando você responde essas perguntas, você identifica quais são seus pontos fortes: o que você faz melhor.

E, a partir dos seus pontos fortes, você pode entender quais são os seus pontos fracos.

Ao invés de conhecer na prática suas características fortes e aquelas que ainda precisam ser desenvolvidas,

você deve agir com cuidado e planejamento. Isso não apenas o auxiliará a alcançar seus objetivos, como evitará muitas dores de cabeça no futuro. 

Empreendedores da vida real

Augusto Aielo, 24 anos, é empreendedor de parklet, palestrante e palpiteiro de novos negócios. Ele faz

parte da geração Y e sua grande característica é ter disposição para se arriscar. Mas ele se considera sem

muito foco, sempre quer desenvolver muitos projetos ao mesmo tempo e reconhece que, de vez em

quando, não consegue se dedicar muito aos projetos.

Amélia Iwabuchi, 52 anos, é empreendedora do setor de restaurantes. Ela não escolhe trabalho, faz o que

tem que ser feito, ou seja, é do tipo que topa tudo. E também é comprometida. Ela sabe que, para fazer

um negócio crescer, quanto mais pessoas para compartilhar, melhor.

Ruy da Silva Elentério, 61 anos, é empresário do ramo de alimentação fora do lar. Um ponto forte dele é

a persistência – ele não desiste fácil. Só que ele não se considera muito organizado, e acha que precisa se

aperfeiçoar cada vez mais nesse ponto.

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