O significado do colonialismo em África
A África é um continente rico em cultura, recursos naturais, beleza majestosa e história. É frequentemente lembrada por ser o primeiro lar dos humanos na Terra; a história humana tem mais de sete milhões de anos. Na África moderna, as interações com a Europa pelo tráfico de escravos e o colonialismo causaram uma infinidade de problemas a curto prazo que afetaram os países africanos de várias maneiras. Muitos desses problemas estruturais ainda afetam as nações africanas de hoje.
Quando se fala do colonialismo,
logo se pensa em actos/consequências negativas; não obstante, o colonialismo
trouxe também aspectos positivos.
Entre outros, vamos apresentar
alguns deles:
·
Construção de
infra-estruturas em várias áreas, como transportes e habitação;
·
Desenvolvimento de relações
económicas e sociais entre Europeus e Africanos (ex.: a exploração de ouro e
diamantes na RSA teria sido «impossível» sem a utilização de técnicas modernas
e investimentos de avultado capital);
·
Introdução do trabalho
assalariado em substituição do servil e escravo, isto é, introdução da economia
monetária;
·
Integração da educação
ocidental, que, apesar de deficiente para os Africanos, foi um horizonte válido
a médio e longo prazo, tendo os missionários contribuído muito para esse
objectivo;
·
Criação de institutos
para combater doenças endémicas, num trabalho geralmente realizado por
missionários. Reconhece-se aqui uma pequena contribuição, na medida em que o
trabalho forçado e a subalimentação derivadas dos actos coloniais agravavam a
situação das doenças dos Africanos.
Racismo
Em um lugar
onde a maioria das pessoas compartilham da mesma raça, geralmente o racismo não
é um problema. Porém, as pessoas tendem a encontrar algumas distinções como
tribo, clã ou status social para separar-se dos outros. Seria incorreto dizer
que o racismo é um problema que foi solucionado com o fim do colonialismo, mas
é correto dizer que uma vez que os europeus deixaram de ser líderes e os
africanos assumiram, muitas políticas racistas e práticas discriminatórias,
baseadas na cor da pele e que pretendiam desavantajar a população nativa, não
eram mais um problema. Apesar do fato da raça não ser mais um fator
discriminatório, tribo, clã, etnia e afiliações religiosas eram. Esses fatores
ainda representam problemas na África moderna.
Mudança de nomes
A colonização europeia
trouxe muitas mudanças com efeitos residuais que ainda assombram as nações
africanas atuais; algumas mudanças a curto prazo envolveram a renomeação de
pessoas e lugares. Depois do fim da colonização, muitos líderes africanos
procuraram reivindicar a África rejeitando os títulos e nomes europeus e
substituindo-os por nomes africanos tradicionais. Por exemplo, o antigo
território inglês da Rodésia do Sul foi trocado para Zimbábue, palavra que
significa "lar" em Shona, a língua principal das pessoas que habitam
a terra. Na República Democrática do Congo, a capital Leopoldville é hoje
chamada de Kinshasa, como um tributo a uma vila que ficava perto do local e uma
rejeição formal ao rei Leopoldo II da Bélgica.
Altas taxas de analfabetismo
O colonialismo na
África trouxe muitas mudanças na educação. A maioria dos africanos que tinham
acesso ou podiam pagar por aulas eram restringidos a aprender a ler e escrever
nas línguas coloniais, como o inglês e o francês das escola missionárias, cujos
objetivos eram converter os africanos ao cristianismo. A educação era negada
para aqueles que resistiam à conversão. Outros adultos tinham pouco tempo ou
dinheiro para se dedicar a aprender a ler e escrever nas línguas europeias, o
que torna difícil para eles entenderem e prosperarem na sociedade colonial.
Como resultado, a taxa de alfabetizados entre as populações africanas,
especialmente adultos, eram bastante baixas. Depois que os poderes coloniais
deixaram o continente, muitas nações reformaram seu sistema educacional já
existente e criaram programas de alfabetização para educar a população. De
acordo com dados de 2000 das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura, a taxa de alfabetização da Tanzânia em 1975 era de aproximadamente
61%. Em 1986, essa taxa subiu para 90,4%.
Entretanto para a África agora a actual distribuição
dos países faz com que os infinitos grupos étnicos se encontrem e assim ocorra
conflitos. Mas também para que ocorra conflitos lembre-se de que os
colonizadores pisavam sobre uma parte da população de uma área colonizada e
facilitava a vida de outra, que por sinal era minoria.
Fome, Pobreza E Doenças
A África é um dos
continentes mais pobres da atualidade, devido a grande exploração que sofreram
durante o período colonial, e sofrem até hoje dos países desenvolvidos, que
querem explorar seus recursos naturais.
Uma das coisas
alarmantes da áfrica, é a saúde publica, em estado calamitoso, vemos as
crianças morrendo, muitas já nascem mortas, muitas nascem com o vírus da AIDS,
pois é a praga que se propaga na áfrica.
A fome é outro
alarmante, pois morrem todos os dias milhares de crianças por anemia profunda,
que não tem mesmo o que comer. Os governantes que assumem o poder são corruptos
e não pensam na miséria que se encontra a população africana.
As Dificuldades De Acesso As Novas
Tecnologias
No oeste da
África, por exemplo, há interesse por tecnologias relacionadas à produção e
processamento de soja, de castanha de caju; há interesse pela mandioca. No
leste do continente, observamos uma concentração dos interesses pela soja.
África precisa de
note-books, PCs, cabos de fibra óptica e tele móveis para sustentar uma
revolução nos sistemas de comunicação.
É uma revolução
que prova que não existe nenhum sistema de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) que seja aplicável ao mundo globalizado como um todo.
Empresas e governos devem adaptar-se a uma procura de telefones adequados a
recursos frequentemente limitados.
As linhas telefônicas fixas nunca se difundiram
em África. A coexistência de aldeias remotas e cidades gigantes, com largas
faixas de população de baixa renda, foi um grande obstáculo para empresas que
facilmente instalariam linhas telefônicas de cobre em Europa ou em América do
Norte. O tele móvel, facilmente transportável e com custos de implantação muito
mais baixos, tem liderado a revolução africana.
Conclusão
A colonização europeia trouxe
muitas mudanças com efeitos residuais que ainda assombram as nações africanas
atuais; algumas mudanças a curto prazo envolveram a renomeação de pessoas e
lugares.
Terminado trabalho, concluiu-se
para alguns Africanistas, como L. H. Gann, Peter Duignan e C. Lloyd e outros,
afirmaram, em geral, que a influência do colonialismo em África trouxe
benefícios e, na pior das hipóteses, que esses não foram prejudiciais a África.
Para eles, a colonização proporcionou uma gama de infra-estruturas pela qual
assentaram-se as novas administrações nascidas com as independências africanas.
Entretanto, isto não quer dizer que
a ocupação colonial foi totalmente positiva. Porque enquanto ajudavam
despropositadamente no desenvolvimento, doutro lado havia exploração e
opressão, a pilhagem de matérias-primas, o desprezo e racismo, a matança de vidas
humanas, e muitos outros males.
Bibliografia
Ø NHAMPURO,
Telesfero, CUMBE, Graça, História 11ª
classe, Plural Editores, Maputo, 2016