Herpes
Herpes
simples, também
denominado apenas herpes,
é uma doença viral causada pelo vírus da herpes simples. As
infecções são classificadas de acordo com a parte do corpo infectada.
A herpes labial afeta a boca ou a face, podendo causar pequenos
grupos de bolhas ou apenas inflamação da garganta. A herpes
genital pode apresentar sintomas quase impercetíveis ou bolhas que se
rompem e provocam pequenas úlceras, que se curam ao fim de duas a quatro
semanas. As bolhas podem ser precedidas por formigueiro ou dores
intensas. O herpes manifesta-se em ciclos alternados de períodos de doença
ativa seguidos de períodos sem sintomas.
Existem
dois tipos de vírus de herpes simples: o de tipo 1 (VHS-1) e o de tipo 2
(VHS-2). O VHS-1 causa com maior frequência infeções orais, enquanto que o
VHS-2 causa com maior frequência infeções genitais
1.1. Agente etiológico
Herpesviridae é uma grande família de vírus DNA que
causam doenças em animais, incluindo seres humanos. Os membros desta
família também são conhecidos como herpesvírus. O nome da família é
derivado da palavra grega herpein ("rastejar"),
referindo-se a infecções latentes e recorrentes, típicas deste grupo de vírus.
Os herpesviridae podem causar infecções latentes ou líticas.
1.2. Causas
A transmissão do vírus da herpes simples se faz
principalmente por contato direto entre pessoas, mesmo que não haja lesão
ativa. A infecção por meio de objetos pode existir, mas é menos comum. O tempo
entre o contato e os sintomas iniciais (período de incubação) é estimado em
duas semanas. Em torno de 90% das pessoas tiveram ou terão contato com o HSV-1
e cerca de 20% com o HSV-2.
A herpes simples é causada pelos vírus da
herpes humanos (HSV-1 e HSV-2). Eles podem ficar latentes na pele sem provocar
lesões devido ao bom funcionamento do sistema imunológico do indivíduo.
Conheça-os:
a)
Vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1)
Normalmente associado a infecções dos lábios,
da boca e da face. Esse é o vírus mais comum de herpes simples e muitas pessoas
têm o primeiro contato com este vírus na infância. O HSV1 frequentemente causa
feridas (lesões) nos lábios e no interior da boca, como aftas, ou infecção do
olho (principalmente na conjuntiva e na córnea) e também pode levar a uma
infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite). Pode ser transmitido
por meio de contato com a saliva infectada.
b)
Vírus da herpes simples 2 (HSV-2)
Normalmente transmitido sexualmente, o HSV-2
provoca coceira e bolhas ou mesmo úlceras e feridas genitais. Entretanto,
algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais (latência). A
infecção cruzada dos vírus de herpes do tipo 1 e 2 pode acontecer se houver
contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes
genital na boca ou herpes oral na área genital.
1.3. Quadro clinico
Na maioria das vezes, a infecção
pelo vírus da herpes simples e assintomática. De forma que a maioria das
pessoas que têm o vírus da herpes tipo 1 desconhecem que estão infectadas.
As feridas nos lábios são comumente
referidas como "feridas frias". As pessoas infectadas geralmente
experimentam uma sensação de formigamento, prurido ou queimação em sua boca,
antes do aparecimento de feridas. Após a infecção inicial, as bolhas ou úlceras
podem periodicamente se repetir. A frequência das recorrências varia de pessoa
para pessoa.
·
Pequenas bolhas, aftas ou úlceras geralmente na boca, nos lábios, nas gengivas ou nos
genitais;
·
Nódulos linfáticos aumentados no
pescoço ou na virilha (geralmente somente no momento inicial da infecção);
·
Herpes de boca;
·
Febre, especialmente durante o primeiro episódio de infecção;
·
Lesões genitais ou mesmo orais podem
começar com uma sensação de queimação ou formigamento.
O herpes genital causado pelo HSV-1
pode ser assintomático ou pode ter sintomas leves que não são reconhecidos.
Quando os sintomas ocorrem, o herpes genital é caracterizado por 1 ou mais
bolhas ou úlceras genitais ou anais. Após um episódio inicial de herpes
genital, que pode ser grave, os sintomas podem se repetir, mas o herpes genital
causado pelo HSV-1 geralmente não se repete com freqüência.
1.4. Modo de transmissão
A principal forma de transmissão do HSV-1 é
pelo contato direto pessoa-pessoa, no momento em que ocorre o contato com a
saliva, secreções geradas pelas bolhas, que contém um liquido repleto de vírus
e essa é a principal fase de transmissão da doença, e também por meio de
objetos contaminados como toalhas, copos, talheres, batom, entre outros. A
pessoa uma vez infectada pode transmitir a doença mesmo que não apresente
feridas visíveis. O período de incubação do vírus, ou seja, tempo entre o
contato e os sintomas iniciais é de aproximadamente duas semanas.
1.5. Tratamento
·
Na maior parte dos casos o simples
exame clínico permite ao médico diagnosticar o herpes. Em casos mais complexos
ou menos evidentes o vírus é recolhido de pústulas e cultivado em meios com
células vivas de animais. A observação pelo microscópio destas culturas revela
inclusões virais típicas nas células. Na encefalite viral pode ser necessário
obter amostras por biópsia.[carece de fontes]
·
Não há tratamento definitivo, embora
alguns fármacos possam reduzir os sintomas e o risco de complicação.
·
Estudos mostram que cápsulas de
lisina e cápsulas do complexo de vitamina B ajudam a evitar que a herpes
apareça.
·
É extremamente importante que as
pessoas não toquem no vírus e tenham consciência que é altamente contagioso.
·
Estudos mostram que o vírus da
herpes continua sendo transmitido, mesmo após a regressão das feridas, por 12
dias. Portanto, deve-se manter todo cuidado durante esse período.
·
Tomar vitamina C ao sentir que terá
uma crise de herpes pode abortar o seu aparecimento além de ajudar na
cicatrização mais rápida vez que fortalece o sistema imunológico. Também pode
ser utilizado comprimido e pomada aciclovir,
de preferência antes da eclosão.
2.
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