Mecanismo de síntese de proteínas
Mecanismo de síntese de proteínas
Estimadoestudante: como sabe,a síntese de proteínasobedece a uma determinada sequência específica de aminoácidos. Agora, você vai aprender como são sintetizadas as proteínas.
Na célula, a informação para a síntese de cada proteína esta contida nos genes, que são segmentos do DNA. A sequência dos nucleótidos de um gene determina a sequência dos aminoácidos numa dada proteína.
O processo de síntese protéica resume-se basicamente na transformação da linguagem codificada do DNA (sequência de nucleótidos) para a linguagem das proteínas (sequência de aminoácidos).
Embora a sequência de bases no DNA determinea sequência de aminoácidos na proteína, as células não usam directamente a informação contida no DNA. É o RNA que executa a transferência da informação.
A pesquisa da Biologia Molecular revela que a célula utiliza moléculas de RNA formadas no núcleo que migram para o citoplasma, transformando a mensagem que estava contida no DNA. Esse RNA funciona como mensageiro entre o DNA nuclear e o local de síntese de proteínas, o ribossoma.
Código genético
Os biólogos moleculares colocaram até à década de 60 do século XX as seguintes questões:
• Como é que apenas quatro nucleótidospodem codificar cerca de 20 aminoácidos diferentes?
• Que código será utilizado pelos genes?
Se cada nucleótido correspondesse a um aminoácido, só seria possível codificar quatro aminoácidos. Os nucleótidos são apenas 4. Admitindo que 2 nucleótidos codificam um aminoácido, mesmo assim só se conseguiria obter a codificação de 16 aminoácidos diferentes (42 = 16). No entanto, admitindo que fosse necessário uma sequencia de 3 nucleótidos para codificar um aminoácido, obtinham-se 64 combinações possíveis (43 = 64), mais do que as necessárias para os 20 aminoácidos que surgem habitualmente nas proteínas. Os investigadores verificaram que sequência de 3 nucleótidos formam o sistema de codificação mais simples utilizado pelas células vivas. Três nucleótidos consecutivos do DNA constituem um tripleto, que representa a mais pequena unidade de mensagem genética necessária à codificação de um aminoácido. Como existem sequências diferentes de tripletos, essas sequências vão permitir codificar a ordem dos aminoácidos que caracterizam diversas proteínas.
Por cada tripleto de DNA é formado, por complementaridade, um tripleto de nucleótidos do RNA mensageiro, denominado codão, o qual codifica um determinado aminoácido.
O código genético é um quadro de correspondência entre 64 codões possíveis e os 20 aminoácidos existentes nas proteínas.
Nem todos os codões codificam aminoácidos. Alguns determinam o inicio ou o fim da síntese de uma proteína.
Características do código genético
O código genético tem as seguintes características:
Cada aminoácido é codificado por um tripleto designado por codão;
Tripleto AUG tem uma dupla função: além de codificar o aminoácido metionina, é o codão de iniciação da síntese protéica;
Os tripletos UAA, UGA e UAG são codões de finalização, isto é, quando surgem, significa que a síntese da proteína está a terminar;
Código genético é redundante, isto é, existe mais do que um codão para codificar um aminoácido. Por exemplo, qualquer um dos codões GCU, GCC, GCA ou GCG codifica o mesmo aminoácido – a alanima;
Código genético não é ambíguo, isto é, um determinado codão não codifica dois aminoácidos diferentes;
Terceiro nucleótido de cada codão não é tão especifico como os dois primeiros. Por exemplo, os codões CUU, CUC, CUA e CUG codificam o aminoácido leucina;
Regra geral, o código genético é universal, isto é, um determinado codão tem o mesmo significado para a maioria dos organismos. Esta característica é um argumento a favor da origem comum dos seres vivos.
Na passagem da linguagem dos genes contida na molécula de DNA para a linguagem das proteínas estão envolvidos dois processos:
a transcrição
a tradução.